Bancada feminina cobra maior participação no Parlamento
Petistas no Congresso Nacional defendem ampliação do espaço das mulheres e mais conscientização sobre o tema
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A bancada feminina na Câmara dos Deputados é uma das frentes mais atuantes da Casa. O grupo é formado por 51 parlamentares que lutam para agilizar os projetos de lei que têm relação com as mulheres. Nesta terça-feira (3), com o apoio das senadoras, foi aprovado o Projeto de Lei 8305/14 que inclui o assassinato às mulheres pelo gênero como homicídio qualificado e crime hediondo.
No entanto, a maior luta das mulheres na Casa, segundo a deputada Ana Perugini (PT/SP), é aprovar a Reforma Política e garantir mais parlamentares mulheres em todas as Casas Legislativas do país.
“Precisamos garantir não só um aumento no percentual efetivo de mulheres na Câmara e no Senado, mas em todas as assembleias legislativas do país. Aqui somos apenas 10% num universo de 513 deputados. Isso é muito pouco, é quase nada”, enfatiza Ana Perugini.
Para Ana, a aprovação do projeto de lei sobre o feminicídio é um avanço significativo. “Estamos avançando em termos de conscientização. A cultura de violência em relação a mulher tem que ser banida no nosso País”, destaca.
A deputada Erika Kokay (PT/DF) entende que entre as principais pautas das mulheres no parlamento está o enfrentamento a todas as formas de violência e a ampliação do espaço de poder das mulheres.
“Precisamos enfrentar a sub-representação das mulheres com a aprovação da reforma política. A representação de mulheres no parlamento no Brasil chega a ser menor do que em países onde as mulheres usam burcas”, ressalta Erika.
Em reunião na última semana, as parlamentares da Câmara dos Deputados e do Senado Federal decidiram lançar uma campanha de conscientização para ampliar a representação feminina no Parlamento.
A campanha deve acontecer no fim de março e tem o intuito de fazer um movimento para que haja uma representação de 30% das mulheres no Congresso, nas assembleias legislativas e câmaras de vereadores.
“Queremos envolver o conjunto da sociedade nessa missão. Independentemente das nossas visões partidárias, nós queremos chegar aos 50% de representação política. Mas vamos começar com essa ideia dos 30%”, conclui a deputada.
Por Priscylla Damasceno, da Agência PT de Notícias