Base tem missão de dialogar para conseguir aprovar novos ajustes

Mesmo ponderando algumas mudanças, o partidos estão dispostos a ajudar o Brasil a voltar a crescer, afirma líder do governo

Foto: Lula Marques/Agência PT

Os líderes da base aliada do governo se reuniram com ministros e a presidenta Dilma Rousseff, nesta terça-feira (15), para debater sobre as medidas de ajustes anunciadas nesta segunda-feira (14) pelo governo federal. Segundo o líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), o entendimento é de que, apesar de algumas divergências pontuais, haverá um esforço dos líderes para aprovar o pacote de ajustes.

“O entendimento geral é sobre a necessidade de dialogarmos para aprovarmos as medidas. Todos são solidários com as iniciativas da presidenta Dilma em liderar esse conjunto de ajustes que vão ser fundamentais para retomar o crescimento da economia brasileira”, afirmou.

A volta da Contribuição Provisória Sobre Movimentação Financeira (CPMF) é, na visão do líder, a proposta que vai exigir mais diálogo entre as partes, tanto os partidos da base aliada quanto da oposição. “Quando você diz que uma matéria terá maior dificuldade para ser aprovada, não significa que você esteja contrário à medida. Foi isso que muitos líderes manifestaram”, explicou.

Segundo o parlamentar, a CPMF é um tributo “necessário e provisório” neste momento de dificuldade econômica e afirmou esperar da oposição diálogo para ajudar o país a voltar a crescer. Ele acredita que a oposição irá se reunir para dizer quais são as razões para não apoiar determinadas medidas do ajuste e apresentar outras opções caso seja necessário.

“O que nós esperávamos dos conspiradores, era que eles propusessem algo pro país sobre corte de gastos e arrecadações. O governo apresentou um pacote de medidas e eles não opinam sobre isso? Que grau de compromisso eles querem ter com o país? Será que eles já deram por encerrado que nunca mais vão governar o Brasil?”, rebateu.

Guimarães lembrou também que as medidas econômicas não resumem apenas um dos pontos propostos pelo governo, mas sim de um dos maiores cortes nas despesas institucionais feitas pelo governo federal. No primeiro orçamento enviado ao Congresso há algumas semanas, já havia um corte de R$ 134 bilhões que foi ampliado, nesta segunda (14), para R$ 26 bilhões.

“Diferente do que alguns dizem, a presidenta está dialogando bastante e esse ajuste não é criação de imposto ou aumento da carga tributária. Esse discurso de que o governo não está fazendo a sua parte vêm dos portadores do caos que estão o tempo todo querendo ganhar e não ajudar o país a superar as dificuldades”, criticou.

O líder também falou sobre as duas frentes que a base aliada está atuando. A primeira é sobre o esforço que está sendo feita para mobilizar o país para que a estabilidade econômica seja defendida. O segundo, de sua responsabilidade, é dialogar com os líderes sobre as medidas ponderando e mudando o que for necessário.

Dezenove governadores também se encontraram nesta terça com a presidenta Dilma e se mostraram dispostos a defender as medidas econômicas propostas pelo governo federal. Eles estarão no Congresso Nacional nesta quarta-feira (16) e devem se reunir com seus partidos para discutir o apoio às propostas. Esse grupo também demonstrou apoio a presidenta Dilma e seu mandato.

Por Danielle Cambraia, da Agência PT de Notícias

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