BC libera mais R$ 25 bi para bancos emprestarem

Recursos virão da redução de R$ 10 bi nos depósitos compulsórios e no capital de risco que os bancos têm de guardar para cobrir eventuais calotes

O Banco Central anunciou na quarta-feira (20) duas novas medidas que vão liberar, juntas, cerca de R$ 25 bilhões para os bancos emprestarem aos seus clientes. Uma delas reduz novamente o valor dos depósitos compulsórios, recursos que os bancos são obrigados a recolher e a manter como reserva nos cofres do próprio BC. Essa redução deve injetar R$ 10 bilhões no mercado de crédito e vão se somar aos R$ 30 bilhões já liberados anteriormente em julho deste ano, por meio da Circular 3712.

Segundo a autoridade monetária, a decisão dá prosseguimento à reversão de “medidas macroprudenciais adotadas anteriormente pelo banco para aumentar o recolhimentos compulsórios e exigência de capital dos bancos a partir de 2010, para conter a então acelerada expansão do crédito”.

O Banco Central também flexibilizou novamente as regras do requerimento mínimo de capital para risco de crédito, funcionam como uma reserva que os bancos devem ter caso tomem calote dos clientes que pediram empréstimos. O impacto previsto dessa medida na economia é de mais R$ 15 bilhões, chegando a uma injeção de recursos prevista em R$ 25 bilhões no crédito dos bancos.

“Adotadas em complemento a medidas anunciadas no último dia 25 de julho, as circulares 3.714 e  3.715 foram publicadas no Diário Oficial da União desta quarta-feira”, informou a instituição, por meio de nota.

O BC permitiu que até 60% (sessenta por cento) do recolhimento compulsório relativo a depósitos a prazo sejam cumpridos com operações de crédito, aumentando em 10 pontos de percentagem essa faculdade prevista na Circular 3712 de 24/07/2014. Dessa feita, 60% dos valores recolhidos poderão ser utilizados na contratação de novas operações de crédito e na compra de carteiras diversificadas (pessoas jurídicas e físicas) originadas por instituições elegíveis.

Para as novas operações de financiamento de veículos, a dedução acima mencionada irá considerar incremento em relação a média praticada no primeiro semestre de 2014.
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações do Portal Brasil

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