Beto Richa aumenta tarifa de energia no PR e culpa governo federal

Aneel divulgou reajuste de 33,5% aos consumidores residenciais do Paraná nesta terça-feira. Copel solicitou reajuste alegando dificuldades para a compra de energia

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Dissimulado: em seu perfil, Beto Richa afirma ter sido surpreendido pelo aumento da tarifa de energia

O governador do Paraná, Beto Richa (PSDB-PR), afirmou em sua página oficial no Facebook  que foi “surpreendido” com o aumento de 33,5% nas tarifas de energia no Estado. Ele se esquivou da responsabilidade e atribuiu o reajuste a uma decisão do governo federal.

“Fui surpreendido com a decisão do governo federal de aumentar a luz em 35,05%”, disse na rede social.

“Vamos pedir à Aneel a suspensão da aplicação para buscar uma solução junto com a Copel”, completou.

Richa não disse – ou não quis dizer, entretanto, que a solicitação de reajustes das tarifas partiu da própria Companhia Paranaense de Energia (Copel). De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o pleito da companhia foi de 32,45%.

O governador do Paraná usou o mesmo expediente do governo de Minas Gerais. Em abril, a Companhia Energética do estado (Cemig), reduto do tucano Aécio Neves, também pediu reajuste de tarifas e tentou jogar a responsabilidade pelo aumento no governo federal. O reajuste naquele estado foi de 14,7% .

A estatal mineira veiculou até propaganda na tevê para pôr a culpa na Aneel. “A tarifa da Cemig não é decidida pela Cemig. Quem define é um órgão do governo federal, a Aneel, que fica lá em Brasília”, dissimulou a propaganda.

Coube à agência desmentir os tucanos em Minas. A Aneel explicou ter concedido autorização de reajuste de 14,7%, apesar da Cemig ter pedido 29,74% de aumento.

Sem rixa –  Segundo a Aneel, a diretoria da agência deliberou, nesta terça-feira (24), reajuste de 33,5% aos consumidores residenciais do Paraná. A agência explicou que a principal causa  foi o aumento dos custos da estatal para a compra de energia, conforme alegou nas solicitação de reajuste encaminhada ao governo federal.

Os novos valores valerão para mais de quatro milhões de unidades consumidoras, localizadas em 396 municípios do Paraná, a partir desta data.

Por Mariana Zoccoli, da Agência PT de Notícias

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