13 Estados participam de planejamento da SMAD em Brasília
Integração e distribuição das tarefas foi destaque no encontro
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Foram 15 horas de trabalho intenso durante entre os dias 26 e 27 de fevereiro, em Brasília. Os 28 participantes do encontro promovido pela Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento (SMAD) com apoio da Secretaria Nacional Agrária (SNA) e da Fundação Friedrich Ebert (FES), definiram estratégia de atuação e dividiram tarefas em meio a rico debate. O Secretário Nilto Tatto, que participou de todo o encontro, se mostrou bastante animado com o resultado: “Temos muito trabalho a fazer. Nossas prioridades são enfrentar a perseguição promovida contra nossos dirigentes, garantir o direito de Lula ser candidato e ajudar na elaboração do plano de governo. Mas, há outras tarefas, que vão desde o mapeamento dos atores que fazem parte da Secretaria, passando por formação, captação de recursos e tantas outras tarefas que todos os setoriais e secretarias têm. Eu fiquei ainda mais otimista com o comprometimento e generosidade dos membros do coletivo. ‘Tô vendo uma esperança (risos)’”, descontrai Nilto Tatto.
Gilberto de Carvalho participou do primeiro dia do encontro e conversou com os dirigentes sobre o cenário brasileiro e a conjuntura partidária. “Eu fiquei muito feliz com a realização desse planejamento. Infelizmente nem todos os setoriais conseguiram essa organização, portanto, devo parabenizar Nilto Tatto, assessoria, todos os envolvidos. E isso ocorre em um momento crucial para nós. É fundamental que o PT inclua definitivamente o meio ambiente em sua pauta central: uma nova forma de fazer política nas relações com a natureza, produção e distribuição de riqueza. E a SMAD tem o papel – que não é simples – de sensibilizar o conjunto do Partido para essa dimensão global: nós temos frequentemente práticas muito reducionistas. E outro aspecto é como podemos reagir a contribuição que esse setorial na nossa necessidade de, até agosto, convencer a população de que é impensável pensar na inabilitação do Lula para o processo eleitoral. A vitória deles nesse aspecto tem consequências terríveis para o futuro, porque será a vitória da soja sobre o cerrado, do minério sobre a preservação, do consumo sobre um desenvolvimento equilibrado e sustentável e sem falar na vitória do setor financeiro e do grande capital sobre os pobres”, declara o ex-ministro.
Renato Simões, um dos responsáveis pela elaboração do Plano de Governo nacional, também esteve presente direcionando a construção do documento petista. Anne Karolyne, Secretária de Mulheres participou trazendo as pautas das populações indígenas para a SMAD: “Dificilmente um brasileiro não tem sangue indígena. Por isso e por diversas razões contamos com a SMAD para ajudar a construir políticas públicas e provocar o debate sobre essas importantíssimas comunidades”, declara a amazonense. Adriana Margutti, representante da Secretaria Nacional Agrária durante o encontro disse que “é importante esse processo organizativo pra que haja incidência na base e também dentro do partido”, e se diz animada com as parcerias que surgirão entre as duas secretarias.
Julia Feitoza, membro do coletivo e fundadora do PT no Acre, ressalta o clima de unidade durante o planejamento: “O encontro foi além das minhas expectativas. Nos juntamos para recomeçar um processo mais importante do que antes. Hoje temos o acúmulo do que deu certo e errado. A gente tem que se desarmar e pensar para além das nossas correntes. Precisamos pensar no bem comum, dar espaço para novas ideias, e esse encontro caminhou muito bem nesse sentido”, afirma a dirigente, que comemorou serem as parcerias internacionais uma das tarefas importantes apontadas durante o encontro. “A Amazônia não está só no Brasil. É importante a secretaria estabelecer política de cooperação com outros atores que pensam e vivem a floresta Amazônica e o legado de Chico Mendes”, afirma.
Rosi Pereira emocionou-se ao falar da oportunidade promovida pela SMAD: “Eu sou de Pernambuco. Tem gente aqui do Acre ao Rio Grande do Sul. Nem sei traduzir o sentimento de inclusão que isso representa, porque a gente sabe como é difícil organizar assim, e que nem sempre somos lembrados no processo de tomada das decisões. Eu me senti valorizada!”, disse a militante com a voz embargada enquanto agradecia xs companheirxs pelo momento compartilhado.
Representatividade
Nilto Tatto esclareceu que a prioridade foi incluir a maior parte de estados possível: “regimentalmente, a gente tinha que garantir, em primeira instância, os dez titulares da Secretaria. Depois, a prioridade foi convidar secretários e secretárias dos estados que têm nossa SMAD. Por último, incluímos o que foi possível de estados com núcleos e suplentes do coletivo”. Com isso, Acre, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe estavam representados.
Dentre as ações tiradas, estão a elaboração da primeira contribuição ao plano de governo, a mobilização dos comitês pela democracia, desenvolvimento de estratégias de comunicação e de geração de receita.
(SMAD-PT)