Artigo: Comemorar o quê nos 203 anos de Karl Marx?, por Heitor Cláudio

Hoje, comemora-se o nascimento de Karl Marx, certamente, a maior personalidade existente desde o final do Séc. XIX com profundo saberes em Filosofia, Sociologia, História e, particularmente, por conta de sua obra “O Capital”, no conhecimento das ciências econômicas.

Acervo

Karl Marx

Marx, diferente de outros acadêmicos era avesso a teoria divorciada da práxis revolucionária. Defendia com afinco o fim do modo de produção da propriedade privada, o alcunhado capitalismo, e a exploração dos homens pelo próprio homem. Atacava o acúmulo de riqueza em detrimento da fome dos miseráveis, vertia ódio em verificar a expropriação da mão-de-obra pela classe burguesa.

Foi Marx quem desenvolveu e comprovou, sabiamente, a teoria da diminuição da taxa de lucro de variável no Tomo I de “O Capital”, transformado, também, num livro à parte, batizado de “Contribuição a Crítica da Economia Política”.

Essa leitura, embora insuficiente para compreendermos a lógica destrutiva do capitalismo, nos remete, a compreender com muita exatidão, como chegamos ao Covid-19. A governos patéticos como Bolsonaro e Trump e como a burguesia se prontifica bancar tamanha estupidez! E o pior! Nos partidos de base operária, gente defendendo sistemas híbridos, aceitar o capitalismo e conviver com as mortes e a exploração inerentes a ele.

Sabemos que a Covid-19, é fruto da falta de investimentos em prevenção sanitária e na saúde pública. Em meado dos anos 90, quando o futuro genocida, FHC – o mesmo que foi convidado a falar no Ato de 1º Maio aos trabalhadores- junto com seus pares capitalistas, decidiram retirar a figura do médico sanitarista das redes públicas, iniciou-se uma série de contágios já extirpadas das sociedades modernas nos países atrasados e em desenvolvimento. Retornaram com todo o vapor a dengue, o zika vírus, a febre amarela e a chikungunya. Estes só oriundos do Aedes aegypti. Isto citando apenas esse inseto, mas, sarampo, varíola e, agora, a Covid-19. Todas doenças epidêmicas causadas pela falta de trato sanitarista.

E tudo isso, assim como, a falta de reajuste na tabela de imposto de renda, o não pagamento do salário-mínimo do DIEESE a classe trabalhadora, o aumento de alíquotas previdenciárias, contrarreformas trabalhista e previdenciária, teto de gastos, congelamento de reajustes salariais ao Servidores Públicos (trabalhadores da saúde e professores) e Bolsonaro na presidência. Tudo para garantir o enxugamento do Estado para a burguesia -através dos bancos de fomento (BNDES)- retirar do Estado dinheiro suficiente para cobrir a diminuição de sua taxa de lucro variável!

Portanto, para “comemorarmos” esses 203 anos de existência da maior figura do proletariado, deveríamos, isto sim, unificar todos os partidos de base trabalhadora, sindicatos e centrais e, ao invés de emitirmos notas de repúdio, assumirmos o poder e implementar um regime solidário, sem fronteiras e socialista, não só no Brasil, mas, no mundo!

– Fora Bolsonaro! Por um Governo da Classe Trabalhadora com o PT e a CUT!

Heitor Cláudio Leite e Silva é historiador, pedagogo e escritor, pós-graduando em Economia, pós-graduado em Geografia, militante do Combate Pelo Socialismo, membro do Setorial Nacional de Transporte do PT e do DZ-Brasilândia-Freguesia e do Movimento Nacional das Favelas e Periferias

PT Cast