Brasil: o golpe de Estado permanente

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O Supremo Tribunal Federal confirmou a pena de 12 anos de prisão por corrupção passiva contra Lula, impedindo-o assim de concorrer à presidência da República no final do ano, quando era o favorito. Após o golpe de Estado institucional contra Dilma Rousseff e a tomada de poder por Michel Temer, essa é uma nova etapa que o poder de fato atravessa para aniquilar a oposição.

Essa é uma lição de desprezo e arrogância por parte da direita neoliberal reacionária porque Lula foi o primeiro presidente operário do Brasil. Sua eleição foi um insulto supremo que os pobres e os excluídos infligiram à casta reacionária. Sob sua presidência, as conquistas sociais foram consolidadas.

Embora, por todos os lados, haja uma presunção de inocência contra políticos suspeitos de várias práticas ilícitas, curiosamente este argumento não é mencionado em relação a Lula, embora a Constituição brasileira o garanta. Lula é condenado sem provas e alguns de seus acusadores já estão presos por corrupção.

Lula foi atacado durante sua campanha no sul por milícias de extrema direita, Marielle Franco foi recentemente assassinada, alguns generais nostálgicos da ditadura incitaram à revolta se Lula fosse eleito novamente, Temer militarizou as ruas sob pretexto de segurança. Ruídos preocupantes de botas são ouvidos no Brasil. É, no fundo, um ódio de classe por parte da oligarquia.

Ao mesmo tempo, Macron recebe de braços abertos a extrema direita venezuelana. Ele irá receber outros com tal entusiasmo? É uma pena para todos os democratas.

Só o povo pode defender Lula e nós somos parte da cadeia humana pronta para isso. Somos milhões para dizer a ele que estamos com ele.

Resista, senhor Presidente!

Christian Rodriguez relations internationales France insoumise.

PT Cast