Em Pauta Conjuntura: músicas na ditadura
Durante a ditadura civil-militar brasileira, a liberdade de expressão foi cerceada, com a prática da censura. Nesse período, muitas músicas se tornaram hinos e verdadeiros gritos de liberdade aos cidadãos e cidadãs oprimidos e sem possibilidade de se expressar como desejavam. Com letras complexas, criativas e cheias de metáforas, elas faziam críticas que traduziam tudo o que sentiam. Mas também é preciso lembrar que há músicas deste período que foram duramente criticadas, pois eram fortemente alinhadas com a propaganda oficial da ditadura. É o caso de “Eu te amo, meu Brasil”, de Dom e Ravel, que ficou conhecida como um verdadeiro hino do regime civil-militar.
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A Secretaria Nacional de Organização e a Escola Nacional de Formação estão convocando um amplo processo de debate pré-congressual a respeito dos temas da conjuntura atual, para preparar a nossa militância para as Etapas Municipais e Estaduais do 5º Congresso e para a ação política de todos os Diretórios Municipais, Estaduais e de todos os setoriais do PT.
Neste momento, em que diferentes setores da direita brasileira, por meio de métodos autoritários e golpistas, afrontam a democracia e o Estado de Direito, desqualificam a atividade política para continuar beneficiando uma elite social que favorece os interesses dos grandes rentistas, atacam frontalmente o governo da presidenta Dilma, que venceu as eleições livres com 52% dos votos, é muito importante que a discussão sobre a conjuntura nos diretórios, núcleos e mandatos do partido seja retomada e ampliada com o vigor necessário. Nosso objetivo é fortalecer a capacidade de leitura, interpretação, elaboração de nossos/as militantes, filiados e filiadas, contribuindo para uma forte ofensiva política voltada ao diálogo com a sociedade e à ação política do PT em cada lugar.
Para isso, a Escola Nacional de Formação do PT está produzindo o “Em Pauta Conjuntura”, que apresenta roteiros para leitura de artigos divulgados no portal do PT Nacional, no Portal da Fundação Perseu Abramo, no site da liderança da bancada do PT na Câmara Federal, no site do PT no Senado, no portal do Instituto Lula e em portais e blogs de esquerda e progressistas, sempre que os artigos contribuírem para a compreensão de temas importantes para o País em coerência com a política do PT. O boletim será diário e distribuído pela Secretaria Nacional de Organização.
Com estas ações, podemos criar um ambiente ideal para ampliarmos a nossa mobilização em cada cidade do Brasil. Esta é uma vantagem que nenhum outro partido possui. Precisamos trazer os nossos mais de 1,7 milhão de filiados e filiadas para a disputa política.
Clique aqui e confira as orientações e o roteiro para a realização dos debates!
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Músicas na ditadura
Durante a ditadura civil-militar brasileira, a liberdade de expressão foi cerceada, com a prática da censura. Nesse período, muitas músicas se tornaram hinos e verdadeiros gritos de liberdade aos cidadãos e cidadãs oprimidos e sem possibilidade de se expressar como desejavam. Com letras complexas, criativas e cheias de metáforas, elas faziam críticas que traduziam tudo o que sentiam. Mas também é preciso lembrar que há músicas deste período que foram duramente criticadas, pois eram fortemente alinhadas com a propaganda oficial da ditadura. É o caso de “Eu te amo, meu Brasil”, de Dom e Ravel, que ficou conhecida como um verdadeiro hino do regime civil-militar.
Além disso, os festivais de MPB, promovidos pela TV Excelsior e, posteriormente, pela TV Tupi, auxiliaram na divulgação das canções, que faziam uma crítica metafórica à falta de liberdade, tornando-as ainda mais populares. Recomendamos, nesse sentido, o documentário Uma noite em 67, que retrata o festival de música realizado neste mesmo ano!
Para relembrar essas canções, a Escola Nacional de Formação do PT também indica uma lista com 40 músicas produzidas durante o governo civil-militar:
1. Caminhando (Pra não dizer que falei das flores), de Geraldo Vandré
2. Apesar de você, de Chico Buarque
3. Cálice, de Gilberto Gil e Chico Buarque
4. O bêbado e a equilibrista, de João Bosco e Aldir Blanc
5. Opinião, de Zé Keti
6. Vai passar, de Chico Buarque
7. Carcará, de João do Vale e José Cândido
8. Sinal fechado, de Paulinho da Viola
9. Alegria, alegria, de Caetano Veloso
10. Roda viva, de Chico Buarque
11. Viola enluarada, de Marcos Vale e Paulo Sérgio Vale
12. Coração de estudante, de Wagner Tiso e Milton Nascimento
13. Disparada, de Téo de Barros e Geraldo Vandré
14. É proibido proibir, de Caetano Veloso
15. Eu te amo, meu Brasil, de Dom e Ravel
16. Marcha da quarta-feira de cinzas, de Carlos Lira e Vinícius de Moraes
17. Pesadelo, de Paulo César Pinheiro e Maurício Tapajós
18. Soy loco por ti América, de Torquato Neto, Gilberto Gil e Capinan
19. Tô voltando, de Maurício Tapajós e Paulo César Pinheiro
20. Acorda, amor, de Leonel Paiva e Julinho da Adelaide (Chico Buarque)
21. Angélica, de Chico Buarque e Miltinho
22. Aquele abraço, de Gilberto Gil
23. Canção da América, de Milton Nascimento
24. Cartomante, de Ivan Lins e Vítor Martins
25. Charles Anjo 45, de Jorge Ben Jor
26. Divino, Maravilhoso, de Gilberto Gil e Caetano Veloso
27. Domingo no parque, de Gilberto Gil
28. Fé cega, faca amolada, de Milton Nascimento e Ronaldo Bastos
29. Jorge Maravilha, de Julinho da Adelaide (Chico Buarque)
30. Menestrel das Alagoas, de Milton Nascimento e Fernando Brant
31. Menino, de Milton Nascimento e Ronaldo Bastos
32. Meu caro amigo, de Chico Buarque e Francis Hime
33. O que será (À flor da pele), de Chico Buarque
34. País tropical, de Jorge Bem Jor
35. Pátria amada idolatrada, salve, salve, de Geraldo Vandré e Manduka
36. Ponteio, de Edu Lobo e Capinan
37. Procissão, de Gilberto Gil
38. Sociedade alternativa, de Raul Seixas e Paulo Coelho
39. Canção do subdesenvolvido, de Carlos Lyra e Francisco de Assis
40. Upa, neguinho, de Edu Lobo e Gianfrancesco Guarnieri
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