Ministério da Cultura e Seppir defendem sistema de museus afros
“É importante ter um sistema de museus afros”, afirmou Juca Ferreira.
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O ministro da Cultura, Juca Ferreira, recebeu, nesta quinta-feira (12/03), em Brasília (DF), a ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República Políticas (Seppir), Nilma Lino Gomes.
No encontro, eles debateram possíveis pautas como a internacionalização de ações da Seppir e falaram sobre a importância de um sistema de museus afros.
“É importante ter um sistema de museus afros. Quero retomar o da Bahia, o Estado do Maranhão também merece um”, afirmou Juca Ferreira. “O de Brasília tem uma função na capital, mas onde a contribuição negra é hegemônica, não se justifica não ter museus.”
A ideia do museu em Brasília é ser um centro de referência da Cultura Negra, onde o visitante poderá, por meio de tecnologia e interatividade, conhecer a trajetória dos povos afrodescendentes no Brasil e, efetivamente, reconhecer a sua importância na construção da identidade cultural do País. O local será construído em um terreno de 65 mil metros quadrados às margens do Lago Paranoá.
No mês passado, o ministro anunciou o lançamento do concurso internacional para o projeto arquitetônico do museu, no próximo dia 21 de abril – data em que se comemora o aniversário de Brasília.
Internacionalização
Um dos temas reforçados no encontro foi a internacionalização de ações da Seppir. Nilma explicou que este será um dos pontos abordados em sua gestão e recebeu forte apoio do ministro da Cultura. A iniciativa vai ao encontro de ações como a Década Internacional dos Afrodescendentes, criada por resolução da Assembleia Geral da ONU em 2014. A década será celebrada de 2015 a 2024, com o objetivo de reforçar o combate ao preconceito, à intolerância, à xenofobia e ao racismo.
Também foram mencionadas a retomada de acordos de cooperação com outros países e o fortalecimento do Mercosul Afro. A ministra ressaltou a importância da Seppir, que nasceu do reconhecimento das lutas históricas do movimento negro brasileiro e foi criada em 2003. “A criação da Seppir é um modelo, considerado um avanço para outros países”, afirmou a ministra.
Ambos ministros concordaram em marcar um reunião operacional, com mais representantes para daqui a 20 dias. “Há um trabalho a ser feito na cultura de valorização e contribuição negra e afro-descendência que é importantíssimo”, explicou Juca. “Vamos afinar trabalho para ter uma complementaridade positiva”, completou.
Assessoria e Comunicação
Ministério da Cultura