Políticos italianos assinam apelo a favor de Lula
Por ANSA Brasil
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(ANSA) – Diversos políticos italianos de centro-esquerda assinaram nesta quinta-feira (5) um apelo contra a rejeição do pedido de habeas corpus do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, expressando “preocupação” com a democracia brasileira.
“Por mais de quatro anos no Brasil está em curso uma iniciativa judicial que envolveu o ex-presidente Lula e agora está em perigo de cair a democracia brasileira em uma grave crise. Isso é preocupante”, diz o documento.
Entre os políticos que assinaram o texto estão: Romano Prodi, Massimo D’Alema, Susanna Camusso, Luigi Ferraioli, Marina Sereni, Piero Fassino, Lia Quartapelle, Luciana Castellina, Pier Luigi Bersani, Vasco Errani, Guglielmo Epifani, Gianni Tognoni; Roberto Vecchi “Somos pessoas que vivenciaram a experiência do governo Lula e conseguimos apreciar as mudanças ocorridas naqueles anos, especialmente no nível social. Para convicções ideais e políticas, estamos próximos do povo brasileiro e de todas as forças do país”, acrescenta.
Segundo o grupo de italianos, o petista “luta por justiça social, contra a pobreza, pelo desenvolvimento sustentável e pelo progresso, até mesmo, das áreas mais fracas”.
Na madrugada desta quinta-feira (5), Lula teve seu pedido de habeas corpus preventivo negado pela corte por 6 a 5 votos. Ele foi condenado em segunda instância a 12 anos e um mês de prisão pelo juiz Sérgio Moro, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
“Por todas essas razões, hoje, queremos expressar uma grande preocupação e um verdadeiro alarme para o risco que a competição democrática eleitoral em um grande país como o Brasil tem sido distorcido e envenenado por ações legais”, reforça o documento.
Os italianos ainda apoiaram uma reforma política no sistema político do Brasil. “A luta contra a corrupção é necessária para proporcionar aos cidadãos um funcionamento claro e eficaz do sistema institucional, e acreditamos que no Brasil, como em todos os países democráticos, para combater eficazmente os fenômenos de negligência e relação imprópria entre economia e política há necessidade de reformas políticas profundas”. (ANSA)
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