Secretaria Sindical Nacional realiza encontro para fortalecer partido e buscar mudanças
Informe sobre o encontro nacional de Sindicalistas Petistas, realizado em 27/11/2015, em São Paulo/SP
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A Secretaria Sindical Nacional realizou, no dia 27 de novembro de 2015, sexta-feira passada o Encontro Nacional de Sindicalistas Petistas. A atividade contou com a presença de 392 lideranças sindicais de todo o Brasil e abordou os temas conjuntura e organização do setorial sindical do PT.
O encontro simbolizou o compromisso continuado das lideranças sindicais com o grande projeto da classe trabalhadora brasileira, o Partido dos Trabalhadores. Para a construção do debate foi promovida um conjunto de exposições na mesa inicial, cujo tema conjuntura foi abordado por João Felicio (coordenador da CSI e membro do coletivo da Secretaria Sindical Nacional); Luis Eduardo Greennhalgh (militante e advogado); e Vicente Candido (representante da liderança do PT na Câmara).
O presidente da CSI João Felício, cuja fala abriu o encontro, sintetizou assim o espírito da atividade: “Nós não estamos aqui para disputar cargos no PT (…) nem cogitamos deixá-lo. Quem está saindo do PT num momento como esse, para nós, nunca foi petista”, disse, destacando aqueles que se filiaram ao partido na esteira da eleição de Lula presidente.
O ex-tesoureiro do PT e da CUT, João Vaccari Neto, foi lembrado como exemplo de militante partidário honesto e leal, preso pela Lava Jato sem nenhuma prova, ao arrepio da legislação e da Constituição brasileiras. Faixa no auditório pedia liberdade imediata para Vaccari, mais um preso político sem direito ao contraditório e aos instrumentos legais previstos na Carta Magna.
Por outro lado, o senador Delcídio Amaral, preso esta semana pela mesma Lava Jato, foi citado como exemplo negativo de aproximação com setores estranhos à história e aos princípios que deram origem ao PT.
O companheiro Luiz Eduardo Greenhalgh abordou o processo de criminalização do PT e de suas lideranças, com procedimentos acima da lei, ignorando princípios constitucionais, como o da presunção da inocência, realizada pelos setores conservadores em conluio com setores do judiciário brasileiro.
Rui Falcão, presidente nacional do PT, também esteve presente na abertura do encontro. Abordou o papel que a Secretaria Sindical tem dentro do partido e a importância do movimento sindical. Reiterou que os ataques do Judiciário e da mídia têm como verdadeiro objetivo acabar com o PT, travestidos de campanha por moralidade e correção. Ele também mencionou a aprovação do projeto que garante direito de resposta na mídia como um novo instrumento que pode ajudar o partido neste combate.
O deputado federal Vicente Cândido (representante da liderança do PT na Câmara) apresentou durante o encontro a síntese de um projeto de reforma tributária que a bancada do PT promete encaminhar ao Congresso ainda este ano. Na proposta, bandeiras historicamente defendidas pela CUT, como o imposto sobre grandes fortunas e uma tabela de imposto de renda progressiva, pela qual quem ganha menos paga menos – ou paga nada, quando o salário estiver abaixo do salário mínimo necessário defendido pelo Dieese – e quem ganha mais, paga mais. Dentre outras medidas em debate no âmbito do parlamento brasileiro.
Ele abordou também o cenário de disputa política partidária, com ênfase no papel do PT e da militância em constituir grupo de pressão para fortalecer o encaminhamento de projetos de interesse da classe trabalhadora.
Na segunda mesa coordenada por Indalécio Wanderley Silva (Secretário Sindical nacional), Jandyra Uehara (Secretaria de Políticas Sociais da CUT) e Jacy Afonso (membro do Coletivo da Secretaria Sindical Nacional) foi debatido propostas para consolidação de pontes entre movimento sindical e partido, bem como, construção de uma estratégia política considerando a conjuntura atual em diálogo com a Plenária. Foi tirado um documento final com as deliberações.
A atividade foi muito participativa e realizada em tom de construção e confiança no projeto da classe trabalhadora, o papel do dirigente/militante sindical, a relação entre partido e sindicato e suas limitações objetivando a tradicional liberdade e autonomia estiveram em destaque, mas, também os temas conjunturais que afetam mais diretamente algumas categorias estiveram em pauta.
Desta maneira temas como: o papel estratégico da Petrobrás e a não privatização ao setor elétrico, os problemas na educação pública, o não ao PL 4330, a importância dos espaços aos idosos, dentre outros temas forma abordados, nesta segunda mesa.
A militância foi lembrada das agendas organizativas do setorial sindical do partido para 2016 e foram convidadas a somar esforços para ampliar os debates com a base do partido, constituindo espaços de discussão com a sociedade.
Por fim, o mote da realização desta agenda ordinária da SSN/PT é a volta do PT à classe trabalhadora, com uma guinada das políticas econômicas do atual governo, mas, certamente ficou evidente que a volta da classe trabalhadora ao PT também é importante para fortalecer os espaços partidários, pois, a manutenção e o fortalecimento de uma “ponte de mão dupla” entre partido e movimento sindical só fortalece o projeto.