Setorial de Segurança manifesta solidariedade à policial civil Giovana Nazareno

Agente investigadora há 20 anos, fundadora da Associação de Mulheres Policiais do Tocantins , a policial vem sendo vítima de violências na 2ª Delegacia de Polícia de Palmas (TO)

Divulgação

Policial civil Giovana Nazareno atua na 2ª Delegacia de Polícia de Palmas, Tocantins

O Setorial Nacional de Segurança Pública do PT vem a público prestar solidariedade a policial civil do Estado do Tocantins, Giovana Nazareno.

A policial civil Giovana Nazareno é mãe de 3 filhos, agente investigadora de polícia civil há 20 anos, fundadora da Associação de Mulheres Policiais do Tocantins que, inclusive, teve como uma das principais ações a defesa de uma bombeira militar que sofria assédio no trabalho.

Em seu vídeo divulgado nas redes sociais, que inclusive já circula na grande mídia, a policial Giovana denuncia os abusos dos quais ela mesma vem sendo vítima por parte de um delegado de polícia, chefe da 2ª Delegacia de Polícia de Palmas, Cassiano Ribeiro Oyama, aliás, a policial vem sendo vítima de violências constantes dentro de uma Secretaria na qual a principal missão deveria ser a de PROTEGER.

Quando é que o assédio moral e sexual vai ser considerado uma realidade na maioria das delegacias, penitenciárias, agrupamentos e batalhões policiais do Brasil? Existem inúmeros trabalhos acadêmicos de mulheres policiais que estão disponíveis na internet para o devido conhecimento, além das inúmeras denúncias que vem a público como a exemplo da policial Giovana que teve a coragem de expor o que acontece na sua vida.

A policial Giovana, em razão desses abusos, já tentou por duas vezes cometer suicídio, em na primeira tentativa, foi impedida por seu esposo que acabou sendo ferido pela arma de fogo que iria utilizar, companheiro esse que continua ao seu lado, dando-lhe todo apoio.

Os absurdos continuaram, logo após Giovana ter levado o seu companheiro ao hospital, ela se apresentou espontaneamente a delegacia e, ao invés de ser acolhida pelos seus colegas de trabalho, para a devida inserção em um programa de reabilitação/saúde mental, eis que o delegado de plantão efetua arbitrariamente a sua prisão e, os seus advogados do Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Tocantins, SINPOL, quando começaram a fazer a sua defesa dentro do processo, foram ameaçados pelo delegado Eduardo Menezes, autor da prisão arbitrária de Giovana. Tal atitude foi devidamente rechaçada pela OAB do estado de Tocantins.

Assim que é libertada da prisão arbitrária e, com saúde mental extremamente fragilizada, ela tenta novamente o suicídio, desta vez com medicação. Sobrevive.

Não obstante todos os desafios que essa valorosa policial vem enfrentando, o estado do Tocantins começou um processo de regulamentação de associações representativas e, dentro de uma ação autoritária, retirou o reconhecimento das associações de gênero, limitando e subtraindo direitos, inclusive da Associação das Mulheres Policiais do qual Giovana Nazareno é presidenta.

É clara a tentativa do próprio estado de tentar sufocar a voz de uma das principais lideranças das mulheres policiais do país, mas não vão conseguir. O Setorial está levando o caso  as assessorias, do Deputado Estadual Leonel Radde, PT RS, da Deputada Federal PT GO, Adriana Accorsi e o Senador da República, Fabiano Contarato (PT-ES) bem como junto à Secretária Nacional de Mulheres do PT, Anne Moura.

O Setorial Nacional de Segurança Pública do PT reitera todo seu apoio e solidariedade à policial Giovana Nazareno e a todas as mulheres policiais que são vítimas de assédio em seus lugares de trabalho.

O machismo e a misoginia jamais calarão as vozes das mulheres, fascistas, machistas e misóginos não passarão.

Brasília, 09 de fevereiro de 2024.

Setorial Nacional de Segurança Pública do PT

PT Cast