Setorial do PT repudia indiciamento do policial Fabrício Rosa, da PRF

O Setorial Nacional de Segurança Pública do PT vem a público manifestar o seu repúdio contra o indiciamento do companheiro Fabrício Rosa por parte da Comissão de PAD da Superintendência da Polícia Rodoviária Federal de Goiás.

Tal indiciamento se deu por conta de Fabrício Rosa, policial rodoviário federal e também pesquisador acadêmico em segurança pública, ter expressado sua opinião frente ao brutal assassinato de Genivaldo de Jesus Santos dentro de uma viatura da PRF, que foi transformada em uma câmara de gás por parte de policiais da PRF no ano de 2022, durante a desastrosa gestão de Silvinei Vasques, o mesmo que instrumentalizou a PRF durante as eleições tentando impedir a população de votar.

Todos aqueles que conhecem o trabalho de Fabrício Rosa sabem de sua postura humana e sua firmeza contra todo tipo de violência.

É fundamental e salutar combater todas as formas de agressão a direitos, e esta obrigação começa dentro de casa, e é a missão e fim das polícias.

Ser leal à corporação é justamente lutar para que ela melhore, evolua e seja exemplar.

Propor discussões é louvável. É assim que se faz democracia, enriquecendo o debate.

Esse indiciamento é notoriamente uma tentativa de calar o policial que também é político e estudioso, e como tal deve gerar, participar e enriquecer o debate sobre como se faz segurança pública no Brasil.
E para tal, o Código de Ética do Serviço Público Federal é muito claro:

“VIII – Toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não pode omiti-la ou falseá-la, ainda que contrária aos interesses da própria pessoa interessada ou da Administração Pública. Nenhum Estado pode crescer ou estabilizar-se sobre o poder corruptivo do hábito do erro, da opressão ou da mentira, que sempre aniquilam até mesmo a dignidade humana quanto mais a de uma Nação.”

Foi verdade que Genivaldo de Jesus foi covardemente assassinado, foi verdade que uma viatura da PRF foi transformada em uma mortífera câmara de gás, tanto é verdade que os seus assassinos foram presos, processados e expulsos da valorosa corporação da PRF, que sofreu uma tentativa de destruição durante o governo genocida de Bolsonaro.

Acusar Fabrício de descumprir com o dever funcional da lealdade é uma acusação estapafúrdia e sensacionalista que visa tão somente manchar a imagem de um policial e político que propõe discussões essenciais e corajosas sobre o futuro da segurança pública no Brasil, o que para o Setorial Nacional de Segurança Pública demonstra o quanto instâncias importantes do governo ainda estão poluídas por bolsonaristas.

Reiteramos nosso apoio companheiro Fabrício Rosa e, como disse no nosso presidente Lula, somente a mobilização evita a volta da extrema-direita.

Nada sobre nós sem nós também diz respeito aos trabalhadores e trabalhadoras da segurança pública.

Setorial Nacional de Segurança Pública do PT