“Brasil precisa de banho de democracia”, afirma Dilma na Itália
Para a presidenta eleita, não é possível conceber uma sociedade igualitária reduzindo espaços de expressão política, típicos dos regimes antidemocráticos
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Durante o seminário “A solidão da democracia”, realizado nesta sexta-feira (27), na Universidade de Salento em Lecce, no sul da Itália, a presidenta eleita Dilma Rousseff afirmou que acredita na força do povo brasileiro para impedir um outro golpe de Estado no Brasil em 2018 – o possível impedimento da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ou da própria eleição.
“Eu acredito na democracia. O Brasil precisa hoje de um banho de democracia. E isso, você só tem pelo voto”, alegou a presidenta dizendo que defender a democracia é a única arma contra a desigualdade.
Para Dilma, não é possível conceber uma sociedade igualitária reduzindo os espaços de expressão política, como a história provou ao implantar regimes antidemocráticos.
“Defender a participação, o debate, e assegurar que se ampliem os espaços de expressão são as únicas armas que temos”, disse. “A democracia passou a ter um papel central no nosso mundo. Ela torna nítido o que é escondido. Por isso, o papel estratégico para construir o novo presente é a democracia. Porque quando você constrói o presente, você está olhando para o futuro”.
Segundo a presidenta, ao adotar medidas contra o povo, como a Emenda Constitucional PEC 55, que congela os gastos primários por 20 anos, o atual governo prova não estar preocupado com o futuro do País.
“Ao mesmo tempo em que eles não apresentam nenhuma solução para a crise, adotam medidas impopulares. O horizonte desse governo é desconstruir o Estado, a economia e os ganhos sociais dos últimos anos. Essa é a impressão digital desse governo”, declarou.
Confira como foi o discurso da presidenta:
#AOVIVO: Dilma discursa no seminário internacional "La solitudine della democracia", na Università del Salento, na Itália. Assista!
Publicado por Dilma Rousseff em Sexta, 27 de janeiro de 2017