Brasil tem três estratégias para ampliar comércio com o mundo
Pilares são o multilateralismo, o fortalecimento comercial com os EUA, a UE e a China, e a integração produtiva com países da América Latina
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O multilateralismo, o fortalecimento comercial com as três maiores economias globais (Estados Unidos, União Europeia e China) e a integração produtiva com os países da América Latina são os três eixos da estratégia comercial brasileira, afirmou o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Mauro Borges, na quinta-feira (7).
“Pelo fato de termos uma economia grande e com base industrial diversificada, os ganhos com o multilateralismo são maiores que os do regionalismo”, disse o ministro durante abertura do Encontro Nacional de Comércio Exterior (Enaex).
No que diz respeito à relação com os grandes mercados, o ministro relatou que a proposta do Mercosul para um acordo de livre comércio com a União Europeia está bem adiantada. “Do ponto de vista do Mercosul, é possível nós já construímos a oferta. Estamos aguardando uma sinalização por parte da Europa de consulta aos países”, afirmou.
Com os Estados Unidos, Borges mencionou a elaboração de acordos de cooperação técnica e tecnológica. Ele exemplificou o trabalho em parceria do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) e o Nist (National Institute of Standards and Technology) para harmonização técnica e certificação de conformidade.
Para ele, a relação estratégica com a China ganha maior relevância com a criação do Novo Banco de Desenvolvimento, criado no mês passado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. “Se criarmos instrumentos com o novo banco de fomento, podemos equacionar a agenda de infraestrutura da África com o comércio brasileiro”, analisou Borges.
Borges ainda comentou a iniciativa brasileira para antecipar acordos comerciais do Mercosul com Peru, Chile e Colômbia de 2019 para 2016. Segundo o ministro, o Brasil também pretende transformar o acordo de complementação econômica com o México em um acordo de livre comércio. “Com isso vamos caminhar na integração produtiva da América Latina, o que trará ganho de escala para a indústria”, ressaltou.
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações do Portal Brasil