Brasil vive sequência inédita de otimismo no mercado de ações

Em cinco dias, valorização do índice da principal bolsa brasileira já soma 11%; último registro de sequência de alta desse nível foi em agosto de 2014

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Bolsa de valores

O fechamento em alta de 2% das operações do mercado na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) pelo quinto dia consecutivo na segunda-feira (5) é algo inédito no Brasil há mais de um ano.

O movimento altista elevou o valor das siderúrgicas com papéis em bolsa em até 9%, a Petrobras subiu 3% e uma grande rede varejista, a 14%.

Um total de 16 papéis que ajudam a formar o índice da Bovespa teve alta acima de 3% nesta segunda, resultando em um ganho acumulado de 11% nos últimos cinco pregões, desde a última segunda-feira (28).

A última vez que uma sequência de alta dessa magnitude aconteceu foi em agosto de 2014, pouco antes do primeiro turno das eleições majoritárias para presidente. Foram seis dias consecutivos em alta na ocasião.

A atual melhoria nos cenários político e econômico nacionais é apontada pelo mercado financeiro como resultado de boas notícias em âmbito interno e de indicadores econômicos que desnudam a pouco efetividade da retomada econômica nos Estados Unidos.

A decepção internacional deve-se ao fato de a economia norte-americana ter apresentado  dados sobre geração de emprego aquém do esperado para quem supunha estar numa recuperação consistente da atividade econômica.

O dólar fechou em queda de  1,14%, a R$3,90, o valor mais baixo em mais de duas semanas.

Em âmbito nacional, na segunda-feira se efetivaram as primeiras posses ministeriais no contexto da reforma administrativa com que Dilma Rousseff reduziu ministérios e cortou salários do primeiro escalão.

A reforma está na raiz da mudança de humor, conforme avaliações veiculadas pelo portal financeiro “Infomoney”, da tarde de ontem. Sua execução é parte do esforço de contenção dos gastos públicos e ajuda a compor o quadro de maior rigor fiscal proposto pelo ajuste conduzido pela equipe econômica.

Por Márcio de Morais,  da Agência PT de Notícias

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