“Brasília Sem Fronteiras” ajuda alunos da rede pública a conseguirem emprego do DF

Cursos no exterior, patrocinados pela gestão petista do GDF, acrescentaram experiência internacional e credibilidade ao currículo dos estudantes brasilienses.

No Distrito Federal o programa “Brasília Sem Fronteiras” implementado pela administração do Governador petista, Agnelo Queiroz abriu as portas do mercado de trabalho para alunos dos Centros Interescolares de Línguas (CILs), da rede pública do estado. Eles fizeram curso na Universidade de Georgetown, nos Estados Unidos, com todas as despesas pagas pelo Governo do Distrito Federal (GDF) e, na volta ao Brasil, já arrumaram emprego.

O contato direto com a língua inglesa e a experiência internacional trazida na bagagem permitiram que João Lucas Araújo, de 19 anos, morador do Gama, cidade localizada no entorno do DF, arrumasse seu primeiro emprego. A vaga de professor de inglês na escola de idiomas Wizard está, na avaliação dele, diretamente relacionada à experiência proporcionada pelo “Brasília Sem Fronteiras”.

“Na entrevista, o empregador pôde perceber que, com essa viagem, eu consegui alguns conhecimentos além do que se aprende em sala de aula”, destacou.

João conta que, além da vaga no mercado de trabalho, a viagem mudou sua vida. “Aprendi a fazer a diferença onde estamos. Não é todo estudante de escola pública que tem essa oportunidade. O intercâmbio me ensinou a motivar meus alunos e as pessoas ao meu redor. Estudar no CIL foi a melhor oportunidade da minha vida”, afirmou.

Para Thabata Rodrigues, de 19 anos, estudante de Letras-Inglês, o programa do Governo do Estado possibilitou uma colocação na escola canadense bilíngue Maple Bear. “Foi muito importante conseguir um estágio na minha área. Em 90% do tempo, trabalho falando em inglês. Quando a entrevistadora viu que eu tinha um curso na Georgetown me olhou com outros olhos”, disse a moradora de Valparaíso.

Mal desembarcou no Brasil, no começo de dezembro do ano passado, a estudante Rafaela Alves, de 18 anos, conseguiu emprego como recepcionista bilíngue no Fórum Mundial de Direitos Humanos, em Brasília. “Por eu ter chegado recentemente de intercâmbio, demostraram mais confiança em mim para esse cargo”, disse a moradora da Candangolândia, outra cidade do entorno do DF.

Rafaela, a primeira de sua casa a viajar para o exterior, conta que jamais pensou ser possível fazer um intercâmbio como esse, em uma renomada universidade americana. “O sonho que parecia tão longe chegou sem eu nem esperar. Se dependesse da minha família, eu não teria condições”, avaliou.

A viagem também rendeu oportunidade de trabalho para Jade Christinne dos Santos, de 17 anos. A estudante do Centro de Ensino Médio Setor Oeste, também da rede pública do estado foi convidada para trabalhar como tradutora em um evento anual promovido pelo programa americano de intercâmbio Impact 360. “Ter participado do ‘Brasília sem Fronteiras’ fez com que eu tivesse mais credibilidade. Fizemos um workshop em Georgetown que pouquíssimas pessoas tiveram a oportunidade”, disse.

O ano também começou bem para Gabriel Dutra, de 16 anos, que recentemente foi contratada pela escola de inglês Best Way, na cidade de Taguatinga. “A experiência mudou meu currículo para sempre”, disse o estudante do CIL de Taguatinga, que pretende fazer vestibular para Letras-Inglês.

PROGRAMA – O “Brasília sem Fronteiras” foi lançado em 2013 pela administração do Governador petista, Agnelo Queiroz do Governo do Distrito Federal (GDF) para garantir altos níveis de excelência em educação por meio de intercâmbio internacional e imersão cultural. A iniciativa proporciona bolsas de estudo nos Estados Unidos e na Europa, em instituições de educação de referência mundial, para estudantes da rede pública dos Centros Interescolares de Línguas (CILs) e servidores do GDF.

Todas as despesas referentes ao curso são pagas pelo GDF, além de passagens aéreas, seguro-saúde, documentação necessária, hospedagem, material didático, e bolsa-auxílio para alimentação, transporte e demais despesas pessoais.

No ano passado, 126 estudantes e 64 servidores foram contemplados. Mais 190 pessoas já estão selecionadas para o intercâmbio nos Estados Unidos e na Europa. A previsão é que 40 estudantes dos Centros Interescolares de Línguas (CIL) visitem Washington, nos Estados Unidos, e 150 servidores do GDF, Haia (Holanda), Krems ou Viena (Áustria).
“Os selecionados deverão apresentar a documentação exigida e embarcarão entre março e abril”, afirmou o secretário-chefe da Assessoria Internacional, Odilon Frazão.

Segundo Frazão, o próximo edital do processo seletivo para o programa será publicado até março. “Lançaremos mais 1.810 vagas, sendo mil para alunos do ensino médio da rede pública, 360 para alunos dos CILs, 200 para estudantes universitários e 250 para servidores do GDF. Ao todo, serão 2 mil embarques para o intercâmbio em 2014”, declarou.

(Agência Brasília)

 

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