Brics criticam respostas dos países ricos à crise financeira
Ministros do Comércio divulgam documento em defesa da OMC e do aumento das trocas entre os países do grupo
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Os ministros dos países que compõem o Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) veem com preocupação a lenta retomada da economia mundial, com prejuízos aos investimentos e ao fluxo de comércio. “As incertezas relacionadas ao crescimento econômico global e às respostas de política econômica dos países desenvolvidos podem levar ao aumento da volatilidade dos mercados financeiros e, neste sentido, provocar desdobramentos não desejáveis para a economia mundial”, disse o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Mauro Borges, que leu o documento final do encontro de ministros de comércio, reunidos na 6ª Reunião de Cúpula dos Brics em Fortaleza (CE), na segunda-feira (14).
Segundo os ministros, a despeito desse cenário desafiador, os países do Brics continuam a contribuir de forma decisiva para a recuperação econômica mundial, com aumento do comércio e investimentos entre os países do grupo.
De acordo com o comunicado, o grupo está disposto a impedir qualquer iniciativa protecionista que afronte à Organização Mundial de Comércio (OMC), dos quais os cinco países são signatários. Os ministros também destacaram que o sucesso do encontro de Bali, ocorrido em dezembro de 2013, tem o apoio do Brics em relação aos objetivos nos cronogramas que foram estabelecidos, de forma que se estabeleça o papel central da OMC e as regras globais de comércio.
Os ministros enfatizaram a necessidade da conclusão da Rodada Doha e se comprometeram a dedicar esforços para assegurar um programa de trabalho na OMC para fortalecer uma estrutura de comércio mais equilibrada, inclusiva e voltada para o desenvolvimento. A Rodada Doha é um ciclo de negociações para liberalização do comércio mundial, iniciado em 2001.
Os ministros de comércio do bloco também reafirmaram a importância do diálogo contínuo sobre acordos de investimentos internacionais e enfatizaram a necessidade de fortalecer a cooperação no comércio eletrônico entre os países do Brics.
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações do Portal Brasil