Cantalice: Querer interditar Lula é tripudiar sobre a vontade do povo

Campanha desavergonhada feita pelos principais veículos da mídia monopolizada tem como objetivo a condenação em segunda instância do ex-presidente Lula

Ricardo Stuckert

Lula em acampamento do MST

A campanha desavergonhada levada a cabo pelos principais veículos da mídia monopolizada, tem como objetivo estratégico a condenação em segunda instância do ex-presidente Lula, forçando assim sua interdição no pleito presidencial de 2018.

Fica cada vez mais claro que a complementariedade do golpe de 2016 que afastou a presidente legitimamente eleita Dilma Roussef, para instalar no palácio do planalto essa camarilha de plantão não teria efeito se alguém com a força do voto popular e a legitimidade de Lula entrasse no governo para desfazer o desmonte do estado nacional iniciado por eles.

Lula lidera com folga a disputa eleitoral vindoura em todas as pesquisas de opinião pública. No seu caso, em particular, a máxima de que “as pesquisas refletem a fotografia do momento”, não vale. Vítima da maior e mais orquestrada campanha de calúnias e difamações que uma liderança política já sofreu na história do Brasil, Lula resiste firme e forte. O mesmo não pode se dizer dos próceres do PSDB, bastou algumas matérias esparsas em jornais e revistas de circulação nacional para que estes em seu conjunto fossem caindo um a um.

A busca desesperada das forças conservadoras para construir a figura do anti-lula não tem surtido o efeito desejado. Tentam de todas as formas “inflar” nomes inclusive de fora da política tradicional e estes nomes quando testados apresentam desempenho pífio. Na iminência de mais uma derrota eleitoral se avizinhando, apostam as forças do atraso em uma solução judicial que retire o favorito do páreo fazendo com que assim possam sonhar em eleger o candidato que dará seguimento ao desgoverno golpista de Michel Temer.

A vida não tem sido fácil para os direitistas brasileiros, mesmo tendo esses setores contado com o auxílio luxuoso de parte do aparelho de estado. Encastelados em franjas do sistema de justiça, esses agentes na sua sanha justiceira, vem dando a sua contribuição para a quebra de setores estratégicos da economia nacional e servindo como mola propulsora da maior crise política da história recente brasileira.

No afã de buscar a resolução do seu “calcanhar de Aquiles”. Isto é a perspectiva da vitória de Lula em 2018, movimentam-se para que pela via judicial venham impedir sua candidatura.

COMO FICAM AS FORÇAS POPULARES?
A Caravana da Esperança capitaneada por Lula pelos 9 estados do Nordeste tem demonstrado o peso do legado dos governos petistas. Junta-se a isso o olhar cada vez mais atento do povo frente a perseguição implacável que este vem sofrendo. Não à toa milhares de pessoas tem comparecido aos atos da Caravana, causando um verdadeiro frisson por onde ela passa com a população exigindo que Lula desça do ônibus e deixe uma palavra de esperança no futuro.

Não será fácil para quem quer que seja, simplesmente excluí-lo da disputa e achar que a vida seguirá como dantes.
Interditar Lula significa “barrar” os de baixo. É reproduzir a velha sistemática do sistema de poder que oprime o país e é responsável pela iniqua distribuição de renda e riqueza que relega milhões e milhões de brasileiras e brasileiros a serem condenados à miséria e ao infortúnio.

Interditar Lula, é não permitir a inclusão dos pobres no orçamento e continuar a sangria dos cofres da nação em direção ao rentismo parasitário e à explosão lucrativa do sistema financeiro e de seus aliados daqui e de fora do País.
Interditar Lula é a transformação das demandas sociais em caso de polícia, com a crescente criminalização dos movimentos sociais e o seu consequente banimento da vida nacional.

Interditar Lula é cristalizar o afloramento do preconceito e da discriminação contra o povo pobre e a sua consequente exclusão dos meios de decisão da vida nacional.

Contra tudo isso, cabe a nós lutar incansavelmente e bradar em uma só voz: Eleição Sem Lula é fraude!

Alberto Cantalice é Vice-Presidente Nacional do PT

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