Com Lula, Padilha lança campanha nas ruas de São Paulo

Multidão lotou a praça da Sé que ficou tomada pelas bandeiras do PT

A praça da Sé ficou tomada por bandeiras petistas nesta sexta-feira (18). Centenas de militantes e sindicalistas se reuniram em frente à catedral da Sé para presenciar o lançamento da campanha nas ruas do candidato petista a governador, Alexandre Padilha.

Em apoio, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva compareceu ao ato e avisou: “Padilha, a sua Copa do mundo começa agora”. A metáfora de Lula faz referência às expectativas pessimistas da velha mídia, que resultaram equivocadas. “Quinze dias antes do mundial, eles falavam que não ia ter Copa, que os estádios não ficariam prontos, que não ia ter segurança. Pois bem, 93% do povo brasileiro gostou da Copa e os estádios ficaram lotados”, disse.

Lula lembrou a Padilha que o contato direto com as pessoas na rua é o que fará a diferença e dará credibilidade aos discursos do ex-ministro da Saúde. “Se você depender de noticiário positivo na imprensa, você não terá”, alertou.

Segundo Padilha, a sua estratégia de campanha envolve intensificar a interlocução com a população do estado, diferentemente da adotada pela oposição. “As únicas mensagens que existem de São Paulo são as pagas pelo governo do estado. Nós vamos fazer diferente. Vamos às ruas. Não tem escola, não tem universidade, não tem culto onde deixaremos de estar”, disse.

Datafolha – Segundo pesquisa Datafolha divulgada na quinta-feira (17), Padilha teria apenas 4% das intenções de voto. Para Lula, os números não devem ser vistos com alarde, mas sim como referência.

“Em setembro de 89, faltando um mês para eleição, foi divulgada uma pesquisa, em que eu só tinha 5% das intenções de voto” disse Lula. No pleito do mesmo ano, o ex-presidente chegou ao segundo turno.

 

Da mesma forma, ocorreu com o Fernando Haddad. Em julho de 2012, ele apresentava apenas 3% de intenções de voto. “No fim das contas, Haddad foi eleito prefeito porque tinha a melhor proposta”, exemplificou Lula.

Cantareira – Entre as críticas feitas sobre a atual gestão do governo de São Paulo, a crise do Cantareira foi a mais citada. Padilha rebateu o argumento adotado pelo governador Geraldo Alckmin, em que o tucano atribui a seca dos reservatórios de água às baixas temperaturas registradas desde o começo do ano. “Quem é neto de nordestino sabe que nenhum açude no sertão seca em seis meses. O cantareira não é um açude, são seis represas juntas. Portanto, não me venha dizer que foi a seca que secou o Cantareira. Eles não realizaram as obras recomendadas há anos pelos especialistas”.

Já Lula, ao fazer uma pausa para tomar água, alfinetou em tom irônico: vou agarrar essa garrafa, porque se o Cantareira pode ficar sem água, a minha garganta não pode.

No encerramento do ato, O ex-presidente reafirmou total apoio à candidatura do petista e prometeu fazer o possível para ajudar Padilha a retirar os tucanos do governo de São Paulo.

Por Camila Denes, da Agência PT de Notícias

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