Com Pacheco, governadores defendem democracia e mais vacinas
Em reunião com o presidente do Senado, eles também discutiram alternativas para a crise econômica, a questão tributária e a ampliação de investimentos
Publicado em
Em uma reunião realizada nesta quinta-feira (2) com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), governadores que integram o Fórum Nacional de Governadores cobraram a renovação de contratos para compra de vacinas contra a Covid-19 e também abordaram a aceleração da economia, a Reforma Tributária a partir de projetos já apresentados por estados e municípios, além da ampliação do ambiente para empreendimentos.
Os governadores deverão, com a intermediação de Pacheco, elaborar uma nota técnica que será enviada ao Ministério da Saúde com o objetivo de cobrar cobrar a renovação de contratos de compra de vacinas no âmbito do Plano Nacional de Imunização (PNI).
Além de Wellington Dias, o encontro contou com as presenças dos governadores Renato Casagrande, do Espírito Santo; Reinaldo Azambuja, do Mato Grosso do Sul; Ibaneis Rocha, do Distrito Federal; Hélder Barbalho, do Pará; e Romeu Zema, de Minas Gerais.
Durante a reunião, os governadores também manifestaram preocupação com relação aos ataques feitos pelo presidente Jair Bolsonaro às instituições, principalmente ao Poder Judiciário.
O governador do Piauí, Wellington Dias (PT), que coordena o Fórum Nacional de Governadores, considerou o encontro como bastante positivo. “Foi uma reunião com resultados positivos para o Brasil ter mais vacinas e com o diálogo entre Congresso Nacional, Ministério da Saúde, Anvisa e laboratórios para nesse sentido ampliar a capacidade de vacinação e de produção de vacinas para que tenhamos autonomia nesta área”, afirmou
“A ideia é que possamos até outubro avançar bem, para não ter problema na relação com outros países por conta da pandemia, e também até o fim do ano alcançarmos a imunização plena, o controle do coronavírus”, completou o governador do Piaui.
Dias falou ainda sobre o fortalecimento do diálogo com o Congresso e destacou a pauta de votações, como a do Imposto de Renda na Câmara, em uma linha de equilíbrio e de entendimento com os governos estaduais.
“Seguindo nesta linha facilita o entendimento porque não desequilibra estados, nem municípios e nem a União, além de criar um ambiente para empreendedores. Esta é uma pauta que deve ter sintonia e inclusive aprovação no próprio Senado Federal”.
Sobre a garantia de se ampliar investimentos, Wellington Dias informou também que durante a reunião nasceu a ideia de se retomar o grupo de trabalho para discutir alternativas, levando em conta os setores público e privado, para a criação de mais empregos e de renda no país.
“Particularmente, eu tenho muito simpatia por uma proposta, a exemplo de como trabalhamos com a Lei de Responsabilidade Fiscal e em outras áreas, que coloca uma meta para investimentos. Se a gente fixa uma meta para um mínimo de investimento, já que hoje trabalhamos com um mínimo para saúde e educação, que trabalhemos também com um mínimo para investimentos. Acho que isso imóe a quem é prefeito, governador e presidente da República um ajuste das contas públicas”, enfatizou.
Aumentos nos combustíveis e energia
Sobre os altos preços dos combustíveis e da energia elétrica, Dias chamou a atenção para a necessidade de o país priorizar soluções, pois quem está sofrendo com isso é a população mais pobre.
“Queremos tratar sobre impostos com relação ao consumo, sim. Está lá a nossa proposta, apresentada pelo Consefaz, e tratamos hoje disso para que ela seja a proposta que unifica tributos, que propõe alternativas à nossa política tributária que é muito sobre consumo, mas queremos fazer como outros países, para que ela atue sobre renda, sobre patrimônio”, afirmou.
Segundo ele, o presidente do Senado afirmou durante o encontro que tanto ele quanto outros líderes estão interessados em simplificação, através da unificação de tributos federais, estaduais e municipais, o que seria muito positivo para o Brasil.
Da Redação