Com real barato, Brasil tenta atrair estrangeiros no verão
Campanha da Embratur para encorajar turistas latinos está na programação de TV de seis países vizinhos, ao custo de R$ 10 milhões
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“Viva o verão de perto: venha para o Brasil”. Este é apelo da campanha publicitária da Empresa Brasileira de Turismo (Embratur) que está no ar na programação de emissoras de televisão de seis países vizinhos ao Brasil na América Latina.
O objetivo da publicidade patrocinada pelo governo brasileiro, ao custo de R$ 10 milhões, é encorajar e atrair turistas latinos para visitar o país na próxima estação de veraneio.
Cerca de 152 milhões de argentinos, chilenos, uruguaios, paraguaios, colombianos e peruanos estão recebendo na TV imagens de cobiçadas praias brasileiras, balneários e atrações turísticas nacionais mundialmente famosas.
O maior fator de motivação para lançamento da campanha foi o real barato, cotado a quase quatro por dólar. “Queremos aproveitar a conectividade e o verão para trazer os dólares para o Brasil”, afirma o presidente da Embratur, Vinícius Lummertz.
Com essa paridade, “o turista estrangeiro tem maior poder de compra no Brasil, mais disposição em gastar, elevando a rentabilidade do setor do turismo”.
“Precisamos pensar comercialmente. Isso é amadurecimento, é o turismo como negócio atraindo (turistas) para gerar empregos, impostos e perspectivas de mais investimento”, ressalta.
De acordo com a Embratur, o turismo de argentinos no país já é uma tradição. Cerca de 1,7 milhão deles adentram ao país a cada ano e injetam cerca de US$ 2 bilhões (R$ 7,6 bilhões pela cotação de hoje) em passeios, alimentação e hospedagem.
A escolha dos países para veiculação da campanha se baseou na constatação de que aquelas nacionalidades são as que mais aderem às atrações brasileiras, especialmente as praias.
O verão começa em 21 de dezembro e termina em 20 de março do ano que vem. A campanha pretende turbinar o turismo de estrangeiros no período de férias escolares.
O presidente da Embratur afirma que, graças à campanha, “já se nota uma movimentação de maior fluxo dos vizinhos latino-americanos” na temporada 2015/2016.
“Temos visto isso em reservas de hotéis, de passagens, em aluguéis de casas e pacotes. Os turistas que veem gostam e voltam. O investimento não é só para o verão de hoje, fica acumulado na memória do turista”, constata Lummertz.
Por Márcio de Morais, da Agência PT de Notícias