Com Temer, Brasil é último no ranking de prestígio do professor
Propostas do governo de Jair Bolsonaro, como o “Escola sem Partido”, devem piorar ainda mais a situação dos profissionais da educação
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Um estudo realizado em 35 países sobre como a população enxerga a carreira de professor colocou o país em último lugar no que diz respeito ao prestígio dos educadores. Após anos de ampliação nos investimentos da área com os governos de Lula e Dilma, que inclusive foram responsáveis pela criação do piso nacional do magistério, o governo Temer virou as costas para o ensino e comprometeu o futuro com a PEC do Teto, que cortou investimentos por 20 anos.
O Índice Global de Status de Professores de 2018 foi divulgado na noite desta quarta-feira (7), pela Varkey Foundation, e mostra que no Brasil apenas 9% acreditam que os alunos respeitam seus professores. Na China, que lidera o ranking, 81% veem esse respeito. Em cada país foram entrevistadas mil pessoas de 16 a 64 anos e mais de 5,5 mil docentes.
Projetos defendidos pelo presidente eleito Jair Bolsonaro e seus apoiadores, como o “Escola Sem Partido”, devem piorar ainda mais a situação em sala de aula. Entidades de professores afirmam que o projeto vai contra a liberdade de ensino e mesmo antes de aprovado já provoca clima de “caça às bruxas”.
Como consequência da baixa valorização do profissional, apenas 20% dos pais brasileiros afirmam que encorajariam seus filhos a seguir a carreira. O estudo também indica que o brasileiro subestima a jornada de trabalho da profissão. A sociedade estima uma carga horária semanal média de 39 horas, ante o relato dos professores de uma média de 48 horas.
Já o salário do magistério é menor do que pensa a maioria dos brasileiros. A pesquisa apontou que a população considera que R$ 93 mil ao ano seria um salário justo, mas acredita que a remuneração média seja R$ 56 mil ao ano. Porém, na realidade o salário médio dos educadores é de R$ 48 mil reais ao ano.
Da redação da Agência PT de notícias