Comércio na internet cresce 10% no trimestre

Vendas online fazem a diferença quando comparada ao comércio tradicional de rua, que permanece em baixa, segundo SpendigPulse

Com desempenho ainda melhor que o alcançado entre janeiro e março deste ano, o comércio eletrônico (e-commerce) manteve-se como grande diferencial do varejo brasileiro no segundo trimestre.

“As vendas online no segundo trimestre cresceram 9,8%, pouco acima dos 9,4% do primeiro trimestre”, informou nesta quinta-feira (16) o relatório SpendingPulse da MasterCard.

O destaque nas vendas pela internet foi setores de móveis e de artigos farmacêuticos, enquanto segmento de eletrônicos, vestuários e hobby/livraria tiveram crescimento inferior à média registrada pelo comércio eletrônico.

Somente no mês de junho, o varejo online registrou mais 4,1% de crescimento em relação ao mesmo mês de 2014.

“Junho teve um dia útil a mais comparado ao mesmo período do ano passado, devido à Copa do Mundo na ocasião; mesmo assim, os resultados foram bem aquém das expectativas”, afirma, na nota, o diretor de Pesquisa Econômica da MasterCard Advisors, Kamalesh Rao.

As vendas de varejo no comércio tradicional (exceto automóveis e materiais de construção), de rua, mantiveram-se retraídas, com queda de 4% no mesmo mês e média no trimestre de – 3,6%, uma acentuada desaceleração se comparada à redução de 0,1% do primeiro trimestre do ano.

Nem o Dia dos Namorados, considerada a terceira melhor data de vendas, salvou o segundo trimestre, segundo Rao. “O Dia dos Namorados não apresentou um impacto expressivo nas vendas totais”, explicou.

O relatório mostra também os setores de artigos farmacêuticos, de uso pessoal, domésticos e materiais de construção com comportamento acima da média, entre os sete pesquisados.

Setores de vestuário, combustíveis, supermercados e móveis e eletrônicos apresentaram desempenho abaixo da média das vendas totais.

Por região, o Nordeste mostrou queda de 1,8% e, o Sudeste, de 2,5%, resultados muito melhores que do Norte, com redução no varejo de 5,5%; Sul, com 9,7% de queda; e, o Centro-oeste (-9,6%).

Por Márcio de Morais, da Agência PT de Notícias

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