Conheça as principais ideias de Margarida Salomão para Juiz de Fora

Candidata defende uma gestão “radicalmente participativa” com comunidades de gestão por território para que as obras tenham relevância na vida das comunidades

Margarida quer uma gestão que seja "radicalmente participativa" (Foto: Divulgação)

Uma gestão participativa deve ser a marca de Margarida Salomão caso seja eleita para a prefeitura de Juiz de Fora, em Minas gerais. A candidata do PT é professora universitária e deputada federal, trazendo na bagagem experiência como gestora em períodos de crise.

“A minha proposta central é ter uma gestão que seja radicalmente participativa”, afirma Margarida. “Queremos formar comunidades de gestão por território. Acreditamos que a forma tradicional de trabalhar está falida, especialmente nessa época em que não haverá recursos públicos em abundância”.

Ela acredita que com a aprovação da PEC 241 os municípios terão que lidar com a escassez de verbas por um longo período. “É preciso planejamento para que as obras tenham relevância, impacto na vida das comunidades”, explica.

Orçamento participativo

Margarida se inspira em outras experiências bem-sucedidas de orçamento participativo, como aquelas que já foram executadas em Porto Alegre (RS) e Belo Horizonte (MG), além de publicações como o livro “Desafios das Cidades”, da Fundação Perseu Abramo.

“Estou convencida como tantos, que em um processo de escassez democrática que estamos enfrentando, é preciso partir das cidades uma reconstrução da democracia, especialmente pelos movimentos urbanos, que são a fronteira mais avançada dos movimentos sociais”, afirma a candidata.

Gestão de recursos

Para Margarida, “como tantas outras cidades, Juiz de Fora atualmente enfrenta uma carência na área da saúde. Certamente os recursos da área precisam ser aumentados, porque as tecnologias de saúde são caras, mas nosso entendimento é que o recurso é mal investido, porque não prioriza a atenção primária, e por isso mesmo há desperdício, uma vez que as pessoas buscam lugar nos hospitais, quando elas poderiam com vantagem ser atendidas em suas casas. É uma questão de gestão”.

Vamos enfrentar adversidades e é necessário alguém que conheça as formas de escapar da escassez

A candidata afirma que sua experiência como reitora universitária em tempos de falta de orçamento será valiosa nos próximos anos. “Fui reitora durante o mandato de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), enfrentando carência de recursos, e essa é uma experiência preciosa. Vamos enfrentar adversidades e é necessário alguém que conheça as formas de escapar da escassez”, afirma.

Ela ainda propõe aproximar ainda mais a universidade do resto da cidade. “Pelo meu conhecimento da universidade, apresento como proposta o aparelhamento das políticas do ambiente universitário com a cidade, uma cooperação real. Hoje não há cooperação, existe um termo de declaração de boas intenções, mas falta cooperação com resultados reais”, explica.

Da Redação da Agência PT de notícias

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