Contra reformas de Temer, 200 mil saem às ruas em São Paulo
A população nas ruas, juntamente com líderes de centrais sindicais, de movimentos sociais e de partidos, refutaram retrocessos e defenderam eleições diretas
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A Avenida Paulista, no coração de São Paulo, foi tomada de ponta a ponta por uma multidão de mais de 200 mil pessoas nesta quarta-feira (15). O povo foi às ruas contra o desmonte da Previdência e contra a reforma trabalhista, propostas pelo governo ilegítimo de Michel Temer. O ato teve início às 16h e foi até as 20h, permeado por gritos de “Fora Temer”.
Estiveram presentes mais de 40 entidades representativas de trabalhadores e movimentos sociais de todo o Estado. Segundo o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), a categoria conseguiu paralisar 80% da rede estadual, com atos em mais de 100 cidades e uma assembleia com mais de 40 mil pessoas na Praça da República, que decidiu pela greve até o final do mês.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva subiu no caminhão de som e afirmou para a população que “somente quando tiver um presidente legítimo, a gente vai fazer esse país voltar a crescer”. Ele ainda afirmou que Temer é “um cidadão sem nenhuma legitimidade para acabar com as conquistas sociais do povo”.
Guilherme Boulos, do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), também esteve presente e disse acreditar que o dia 15 de março é um dia histórico porque o Brasil parou. “Uma coisa é quando vão para as ruas apenas os movimentos sociais, outra coisa é quando vão os trabalhadores, o povo da periferia”. Para ele, “a reforma da Previdência é fim da aposentadoria do povo trabalhador”. Boulos ainda afirmou que os deputados que aprovarem a reforma jamais serão eleitos novamente.
Líder da Intersindical, Edson Carneiro Índio, subiu ao caminhão questionando se alguém na avenida permitiria o desmonte da Previdência, recebendo um sonoro “não” como resposta. Ele disse que é preciso “impedir a votação da precarização, não podemos negociar”.
Para o presidente da Central dos Trabalhadores do Brasil, Adílson Araújo, “o dia 15 de março está profundamente ligado à luta da classe trabalhadora”. “Hoje o Brasil acordou mais cedo, disposto a dar uma resposta a esse governo ilegítimo que quer impor uma reforma neoliberal”.
De acordo com o presidente da Central de Movimentos Populares, Raimundo Bonfim, “a partir de hoje o povo brasileiro e os movimentos sociais vão dar uma resposta nas ruas para deter todo esse retrocesso”. “É o retrocesso do desmonte a Previdência, do fim da aposentadoria, o retrocesso da precarização das relações de trabalho com a terceirização, colocando o trabalhador refém do patrão e do empresário, e também um retrocesso da legislação trabalhista”.
O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, também marcou presença e fez um alerta aos deputados e senadores que querem votar na proposta golpista: olhem o tamanho da manifestação na Paulista. “A população hoje já deu o recado, é contra a reforma da previdência e contra a reforma trabalhista. O deputado e senador que votar a favor, nós vamos colocar a cara no poste, no outdoor, na rede social, como traidor da classe trabalhadora”.
Brasil contra Temer
O dia 15 de março de 2017 foi marcado por paralisações em todos os quatro cantos do Brasil. Os atos foram convocados pela Frente Brasil Popular e pela Frente Povo Sem Medo.
De acordo com a organização, 1 milhão de pessoas participaram das manifestações e paralisações em todo o Brasil contra os retrocessos propostos pelo governo golpista de Michel Temer.
Veja como foi o ato na Avenida Paulista:
200 mil na Paulista contra o fim da Aposentadoria
NÃO DÁ MAIS PRA MÍDIA ESCONDER: Centenas de milhares de pessoas foram à avenida Paulista deixar bem claro para Temer, deputados e senadores que não apoiam o pacote de maldades que eles chamam de "Reforma" da Previdência e de "Reforma" Trabalhista. No Brasil todo, multidões foram às ruas, somando mais de um milhão de pessoas. Compartilhe, porque a Globo não vai mostrar!
Publicado por Partido dos Trabalhadores em Quinta, 16 de março de 2017
Por Pedro Sibahi, da Redação da Agência PT de Notícias