Correios desmente Estadão sobre material distribuído em SP
Estatal esclarece que postagem ocorreu em várias situações no processo eleitoral de 2014, para candidatos de vários partidos,
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Os Correios informam que não houve irregularidades no envio de panfletos de campanha para o PT, como insinuou o jornal O Estado de S. Paulo, e que o jornalistas mantiveram a tese de que teria havido uma exceção às normas exigidas mesmo depois de informados da regra utilizada para a postagem – que optaram por não divulgar aos leitores.
A matéria publicada na sexta-feira (19) afirma que os Correios enviou um lote com 4,8 milhões de panfletos da campanha da presidenta Dilma Rousseff para São Paulo sem chancela – marca que caracteriza o pagamento regular do envio. Sem este registro, seria impossível saber o valor pago e nem se foi pago. Ainda de acordo com a matéria, a exceção foi em decorrência de um erro na gráfica, que não produziu a chancela, e foi publicada em comunicado da empresa.
Mas de acordo com os Correios, a postagem de todo o material com propaganda eleitoral segue rigorosos procedimentos padronizados estabelecidos no Manual de Comercialização e Atendimento. No caso denunciado, o pagamento foi feito à vista e “devidamente controlado pelas áreas técnicas”.
A autorização da distribuição de material sem chancela ocorre para garantir os prazos das postagens e evitar gastos desnecessários. O controle da quantidade de objetos postados é feito na entrada dos produtos, o que garante que o pagamento possa ser realizado à vista.
A estatal também esclarece que a “postagem de objetos nas condições citadas pela matéria ocorreu em várias situações no processo eleitoral de 2014, para candidatos de vários partidos, e, em todos os casos, os serviços foram prestados conforme previsto nas normas da empresa. O levantamento parcial demonstra que a entrega de material eleitoral nessas condições foi realizada para candidatos dos seguintes partidos: PSDB, PMDB, PT, PR, PROS, PTN, PP, PV, DEM, PT do B, PDT, PTN.”
Em coletiva no Palácio da Alvorada, nesta sexta-feira (19), a presidenta Dilma Rousseff prestou informações sobre a denúncia e confirmou que o pagamento foi realizado à vista e que o PT possui nota fiscal da contratação do serviço. “Contratamos um serviço que os Correios prestam para qualquer entidade. Isto é um factoide de campanha. Foi chancelado de outra forma. Mas temos o recibo e nota fiscal”, afirmou.
Por Alessandra Fonseca, da Agencia PT de Notícias