CPI da CBF aprova plano de trabalho e ouvirá jornalistas na próxima semana

Os senadores que integram a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Futebol, também conhecida como CPI da CBF, aprovaram, nesta terça-feira (11), o plano de trabalho do relator Romero Jucá (PMDB-RR). Na próxima semana, o grupo quer ouvir, como testemunhas, os colunistas da ‘Folha de S. Paulo’ Juca Kifouri e Sérgio Rangel, do ‘UOL’ José Cruz, e o correspondente do ‘Estado de S. Paulo’ na Suíça, Jamil Chade.

As viagens aos Estados Unidos e Suíça para ouvir o jornalista e empresário José Hawilla e o ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), José Maria Marin, preso durante operação a polícia norte-americana (FBI), ainda não estão no cronograma de trabalho. Os senadores aguardam aprovação das viagens pelos governos dos países.

Na primeira rodada, serão ouvidos os presidentes das federações de Futebol de São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Distrito Federal, Amazonas e Acre.

Depois, os parlamentares querem ouvir os presidentes dos clubes Atlético Mineiro, Flamengo, Vasco, Grêmio, Palmeiras, Esporte Clube Recife e São Paulo.

Entidades como o Bom Senso Futebol Clube e a Federação dos Atletas Profissionais também participarão das primeiras audiências, que têm como objetivo conhecer a realidade e os problemas do futebol brasileiro.

As apurações mais aprofundadas de denúncias de corrupção na CBF ocorrerão a partir da décima rodada de audiências. Serão convidados o ex-dirigente da CBF, Ricardo Teixeira, acusado pelo jornalista e dono da empresa de marketing esportivo Traffic, Hawiilla, de desvio de recursos. Em seguida, será ouvido o atual presidente da CBF, Marco Polo Del Nero.

Os senadores aprovaram ainda requerimentos que solicitam à Procuradoria Geral dos Estados Unidos informações sobre a Fifa que foram enviadas à PGR brasileira e a Polícia Federal e indicação de dois agentes da PF para auxiliarem a Comissão.

Pelo cronograma, o relatório final será apresentado em 1º de dezembro e discutido pelos parlamentares no dia 8 do mesmo mês.

Por Cristina Sena, da Agência PT de Notícias