CPI da CBF aprova requerimentos para ouvir Marin e Hawilla

Senadores aprovam 13 requerimentos em primeira reunião após o recesso e se encontram com ministro da Justiça, PF e PJR para obter mais informações sobre investigações

Foto: Agência Brasil

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga denúncias de corrupção na Confederação Brasileira de Futebol (CBF) vai convocar o jornalista e empresário José Hawilla e o ex-presidente da CBF, José Maria Marin. Os senadores querem ouvir também os 27 presidentes de federações estaduais de futebol e do Distrito Federal.

Os parlamentares aprovaram um total de 13 requerimentos nesta terça-feira (4), na primeira reunião após o recesso do Legislativo. Parte da equipe participaria de uma reunião, ainda nesta terça, com o ministro da Justiça, Eduardo Cardozo, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e com o diretor geral da Polícia Federal, Leandro Daiello.

Em entrevista à TV Senado, o relator da CPI, senador Romero Jucá (PMDB-RR), esclareceu que o encontro tem como propósito articular a maneira como a comissão pode colaborar com o levantamento de informações para os órgãos de investigação.

Marin foi presidente da CBF entre 2012 e 2015 e presidiu o Comitê Organizador Local da Copa do Mundo da Fifa no Brasil, em 2014. Ele foi preso em maio, na Suíça, por envolvimento em esquema de corrupção da Fifa.

Hawilla é dono da Traffic, uma das maiores empresas de marketing esportivo do Brasil, e delator do esquema para o FBI desde 2013. Para ouvi-los, os parlamentares aprovaram a viagem de três integrantes da CPI à Suíça e aos Estados Unidos (EUA), onde reside Hawilla.

O presidente da Comissão, senador Romário (PSB-RJ), o relator e mais um senador também viajarão para os EUA para “obter maiores informações sobre as investigações” do FBI.

Os parlamentares também querem ter acesso aos documentos da CPI da CBF e da Nike, que aconteceu em 1999 na Câmara dos Deputados, e da CPI do Futebol no Senado, em 2000.

Os senadores aprovaram também a designação de dois procuradores, dois auditores fiscais de controle externo do Tribunal de Contas da União (TCU), dois da Receita Federal, de um delegado da Polícia Civil do DF, dois da Polícia Federal, de um agente da Polícia Rodoviária Federal e de dois analistas do Banco Central para auxiliarem nas atividades do grupo.

Por Cristina Sena, da Agência PT de Notícias

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