CPI do Futebol quer acesso à quebra de sigilo bancário de Marin

Também foi aprovada o pedido para a comissão ter acesso as informações financeiras do empresário José Margulies

(Foto: Rafael Ribeiro / CBF)

A CPI do Futebol aprovou, nesta quarta-feira (23), a solicitação ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) para ter acesso as informações financeiras de José Maria Marin, ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), no período de 12 de março de 2012 até a data da sua prisão na Suíça, em 30 de maio deste ano.

Também foi aprovada a quebra dos sigilos bancário e fiscal de José Margulies, um dos citados na investigação do FBI que prendeu sete dirigentes de confederações nacionais de futebol. As denúncias foram feitas após alegações de que havia pagamentos ilegais entre executivos de marketing e dirigentes.

Marin está preso na Suíça desde o fim de maio e está sendo investigado pelos crimes de fraudes eletrônicas, lavagem de dinheiro e recebimento de propina. Marguiles é proprietário de empresas de transmissão de eventos esportivos e trabalhou por cerca de 20 anos diretamente com J.Hawilla. Sua função era intermediar contratos com a Conmebol com empresas de televisão e marketing esportivo.

Um bate-boca deu início as atividades da CPI. O senador João Alberto (PMDB-MA) questionou os procedimentos da comissão ao afirmar que os trabalhos se baseiam apenas em fatos divulgados na imprensa e elogiou o futebol nacional, afirmando que ele é muito bem organizado e por isso tem muitas conquistas.

O senador Romário (PSB-RJ), presidente da comissão, interrompeu Alberto e disse que discordava completamente do que ele dizia. “Temos dirigentes ruins e péssimos, o resultado da Copa do Mundo, com todo respeito, não posso concordar que o senhor os considere como bons resultados, depois de levar de 7 a 1 em casa”, disse.

João Alberto rebateu Romário dizendo que ele não poderia emitir opinião. “Nós somos juízes, não devemos emitir opinião aqui”, afirmou. “Eu não estou opinando, estou afirmando. Del Nero é um câncer e como a doença, merece ser estirpado, para o bem do futebol”, respondeu Romário.

Da Redação da Agência PT de Notícias

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