Cresce número de casos diagnosticados de Aids

Para o Ministério da Saúde, o aumento de regitros se deve ao maior acesso da população aos exames para diagnóstico da doença

O Brasil é referência mundial no tratamento e no combate ao vírus causador da Aids. Ainda assim, o número de novos casos aumentou 11%, de 2005 a 2013. O dado é semelhante ao registrado em alguns países da Europa e nos Estados Unidos, que tiveram aumento médio de 8%. Para o Ministério da Saúde (MS), isso se deve ao maior alcance das campanhas voltadas para o diagnóstico da doença.

De acordo com o balanço divulgado nesta quarta-feira (16) pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids), até o ano passado, cerca de dois milhões de pessoas contraíram o vírus HIV em todo o mundo. Ainda que alarmante, o número mostra uma redução de 38% nos contágios, em comparação com 2001.

Segundo a organização, quase um terço das novas infecções registradas na América Latina é de jovens entre 15 anos e 24 anos.

De acordo com o MS, a taxa de detecção de Aids é de 20 casos a cada 100 mil habitantes. Isso representa mais de 39 mil casos diagnosticados por ano. Das cerca de 750 mil pessoas com HIV e Aids hoje no Brasil, estima-se que 123 mil pessoas estejam contaminadas, mas ainda desconheçam a condição.

Para órgão, o aumento de casos é resultado do incremento de campanhas de testagem, como a “Fique Sabendo”, do governo federal. Dados do Departamento de DST/Aids e Hepatites Virais, mostra que cresceu em 32% os exames de detecção, no período contemplado pelo relatório da ONU.

Outro fator apontado departamento são as parcerias firmadas com organizações da sociedade civil para levar testes a populações vulneráveis.

Pioneiro no uso de estratégias de prevenção, como a ampliação do tratamento para pacientes assim que diagnosticados, o governo minimiza a possibilidade de transmissão. Os medicamentos oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) são capazes de reduzir a carga viral e, com isso, a propagação do HIV.

Mais de 350 mil pessoas foram atendidas desde que se iniciou a distribuição de antirretrovirais na rede pública, há 17 anos. Com o tratamento iniciado, o paciente tem melhores chances de viver com mais qualidade.

E mais, o Brasil é o país que mais distribui e o que mais consome preservativos no mundo. Somente em 2013, foram cerca de 625 milhões de unidades.

 

Por Flávia Umpierre, da Agência PT de Notícias

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