Debate: Raul Pont vai resistir a cortes em saúde e educação

Candidato afirmou que, se eleito, vai fazer o enfrentamento contra o congelamento de gastos previstos pelo governo usurpador de Temer

Raul Pont no debate na Band. Foto: Caroline Bicocchi

O candidato à prefeitura de Porto Alegre Raul Pont (PT) participou de debate na Band na noite da quinta-feira (8). Durante o programa, Raul mostrou como vai recuperar Porto Alegre, com maior presença do poder público e participação popular.

Raul ressaltou que se for eleito, Porto Alegre se colocará na vanguarda contra medidas de congelamento de gastos previstas pela PEC 241 do governo usurpador de Michel Temer (PMDB). O candidatou lembrou que PMDB, PSDB e PP apoiam essa medida na esfera federal, que impedirá por 20 anos aumento real nos investimentos em saúde e educação. “Já sabemos que Porto Alegre tem problemas graves. Como vai ficar se isso passar?”, questionou.

Além disso, Raul afirmou que quer retomar a força do orçamento participativo, que já foi uma referência mundial, mas que foi esvaziado nas últimas administrações.

A segurança foi um dos principais temas do debate. A capital gaúcha sofre com a explosão da violência. Questionado por um eleitor sobre o que fará sobre a questão, Raul lembrou que o governador do Estado José Ivo Sartori (PMDB) desmontou o efetivo policial no Estado. Foram 3.200 policiais da Brigada Militar e 700 da polícia civil que saíram ou se aposentaram.

Raul afirmou que vai contratar 260 guardas municipais – em vagas já abertas e com concurso já realizado. Além disso, vai melhorar e centralizar os serviços de monitoramento e vigilância. “Hoje a situação do Estado determina essa crise. O município tem obrigação de fazer sua parte”, disse o candidato.

Para ele, Porto Alegre vive uma violência que não conhecia. Além de melhorar o serviço da guarda, Raul reafirmou que vai melhorar a qualidade dos serviços públicos na cidade como forma de combate à violência. “Garantir serviços públicos nos bairros, garantir a escola em tempo integral, a formação profissional, para que o esporte e o lazer sejam alternativa para a nossa juventude, e não aconteça como hoje em que ela é disputada pelo tráfico”, afirmou ele.

Questionado sobre o apoio da presidenta eleita Dilma Rousseff (PT) à sua candidatura, Raul afirmou que a maior parte das obras em Porto Alegre hoje são fruto de investimentos do governo federal na gestão de Dilma. Segundo o candidato, foram mais de R$ 900 milhões para obras como a duplicação do Hospital de Clínicas, o Mais Médicos, a travessia do Rio Guaíba, além da maioria dos programas sociais que beneficiam a população.

Obras paradas

Raul criticou as obras paradas na atual gestão. Segundo ele, diversas obras previstas para acabar em 2014 ainda não terminaram e já sofreram diversos aditivos (adicionais para mais gastos). “Minha crítica não é às obras, a minha preocupação é que as obras começam e não terminam. Algumas nem começam”, afirmou ele.

Segundo o candidato, foram muitos equívocos cometidos durante a execução das obras. “Os erros significam dinheiro público que está se perdendo”, diz. Ele lembrou que nas gestões do PT, foi feita a obra da avenida Perimetral, muito maior e mais complexa do que a que a obra feita pela atual gestão na avenida Ceará – que encontra-se atrasada. Mesmo muito maior, a obra não atrasou nenhum dia e seguiu à risca o cronograma. “É um exemplo concreto de como se faz uma obra bem feita”, afirmou.

Da Redação da Agência PT de Notícias

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