Delcídio denuncia adversário tucano no MS
Advogado do tucano foi pego pela polícia com R$ 47,5 mil em dinheiro, que se destinaria à cooptação de lideranças políticas em 12 municípios
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O candidato petista ao governo do Mato Grosso do Sul, Delcídio do Amaral, entrou com representação na Justiça Eleitoral para cassar a candidatura de Reinaldo Azambuja (PSDB), devido a eventual crime eleitoral. No dia 30 de agosto, uma caminhonete pertencente ao advogado pessoal do candidato tucano, Alessandre Vieira, foi flagrado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) transportando R$ 47,5 mil, dinheiro, que se destinaria à cooptação de lideranças políticas em 12 municípios do estado.
A denúncia ao TRE-MS se baseia em suspeitas de compra de votos e utilização de caixa dois na campanha, que causam “falhas insanáveis na prestação de contas do candidato tucano”. Se comprovada a denúncia, o adversário de Delcídio pode ter o diploma negado, ou, no caso de já ter sido outorgado, sua cassação. As punições estão previstas no artigo 30-A do parágrafo 2º da Lei nº 9.504/97.
Valores – Segundo a denúncia, o veículo era dirigido pelo ex-vereador de Maracaju, Oclilane Sanches, o ‘Careca’, um fiel aliado de Azambuja dos tempos em que o tucano era prefeito da cidade. Foram encontradas no carro planilhas com contatos e valores relativos aos meses de agosto e setembro, com a inscrição ‘OK’ ao lado dos nomes das lideranças – talvez para definir a condição de pagamento já efetuado.
Cada planilha continha a informação dos valores pagos a cada município: Jaraguari (R$ 48 mil), Sonora (R$ 5 mil), São Gabriel do Oeste (R$ 7 mil), Rochedo (R$ 6 mil), Rio Negro (R$ 20 mil), Pedro Gomes (R$28 mil), Coxim (R$ 59 mil), Alcinópolis (R$ 20 mil), Camapuã (R$16 mil), Bandeirantes (R$ 58,9 mil), Corguinho (R$ 30 mil) e Rio Verde (R$38 mil). Total: R$ 351,9 mil em dinheiro sem origem.
No boletim de ocorrência, o ex-vereador confirma que “o dinheiro era destinado ao pagamento de despesas de lideranças políticas que apoiavam o candidato Reinaldo Azambuja na Região Norte do Estado”. Não há registro, na prestação de contas de Azumbuja, do pagamento dos valores descritos nas planilhas.
Por Márcio Morais, da Agencia PT de Notícias