Deputado acusa PF de agir com ‘comportamento de polícia política’
Em discurso na tribuna, parlamentar petista e ex-presidente da seção do Rio de Janeiro da OAB afirma que Lula é a “mais recente vítima de desmandos e desvarios”
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O deputado federal Wadih Damous (PT-RJ) acusou a Polícia Federal de adotar, em alguns casos, um comportamento político. “Fico muito preocupado quando determinados segmentos da PF passam a se comportar não como polícia, como órgão de Estado, mas como polícia política”, declarou, em discurso na tribuna da Câmara dos Deputados, na terça-feira (15).
Ex-presidente da seção do Rio de Janeiro da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Damous disse que a postura de alguns policiais ofendem o Estado democrático de direito. Para ele, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é vítima de tais práticas.
“A vítima recente desses desmandos e desvarios é o ex-presidente Lula. O que move determinado tipo de atitude e comportamento é o medo das urnas, o medo da volta do ex-presidente Lula, o medo de enfrentá-lo num embate democrático direto”, discursou Damous, em referência à atitude do delegado Josélio Azevedo de Sousa.
Na semana passada, o policial pediu ao Supremo Tribunal Federal para ouvir Lula em inquérito da Operação Lava Jato, mesmo reconhecendo não haver provas contra o ex-presidente. “Não vou dizer que ele tem carteirinha assinada em algum partido de oposição”, afirmou Damous. “Vou dizer que ele não tem condições funcionais de ser delegado da Polícia Federal. Deveria ser imediatamente afastado do seu cargo, porque não tem conhecimento técnico-jurídico mínimo para exercer uma função tão importante.”
Damous acusou o delegado de “sair da sua obscuridade para ganhar os holofotes, como aliás está virando moda, um anseio de determinadas autoridades, de juízes, membros do Ministério Público na busca da celebridade, na busca de seus 15 segundos de glória, e isso às custas até de perseguir a maior liderança popular deste país”.
Segundo o parlamentar, o país está assistindo a uma série de atitudes e comportamentos injustificáveis de autoridades públicas e órgãos de Estado. “Em nome do combate à criminalidade e sobretudo do combate à corrupção, praticam verdadeiros atentados à ordem jurídica e desrespeitos aos direitos e garantias fundamentais.”
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações do PT na Câmara