Desmatamento na Amazônia tem queda de 33,6% com ações do governo Lula

Pela primeira vez nos últimos cinco anos é registrada pelo Inpe uma queda acentuada nos índices de desmatamento na área sob alerta da região amazônica

Fernando Augusto

Ações concentradas do Ibama na região amazônica contribuíram para a queda no desmatamento

As ações implementadas pelo governo Lula para combater o desmatamento na Amazônia, nos primeiros seis meses deste ano, já começam a apresentar resultados positivos e comprova que a proteção do meio ambiente é uma das prioridades da nova gestão.

No primeiro semestre de 2023, o desmatamento na Amazônia teve uma queda de 33,6%. Os dados são do Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), do Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe).

É a primeira vez após cinco anos consecutivos de alta no desmatamento na área sob alerta na Amazônia que se verifica uma queda nesse índice.

De acordo com o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, o dado é importante para reverter a tendência de alta que foi contabilizada no segundo semestre de 2022, quando foi registrado um aumento de 54% nesta mesma área sob alerta de desmatamento.

Outro dado relevante é que em junho deste ano foi verificada uma queda de 41% no desmatamento, justamente em um mês considerado como o de maior risco devido ao período de seca.

“Esse número é importante porque estamos em uma época com uma incidência de nuvens menor na Amazônia. Isso quer dizer que os dados têm um grau de assertividade muito maior do que períodos mais chuvosos. É um número com maior confiança de que o satélite conseguiu ver o desmatamento. E é muito importante também porque representa uma queda expressiva em um mês em que ocorre aumento do desmatamento ao longo da série histórica”, destaca José Paulo Capobianco, secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima.

O levantamento do Deter se refere ao período entre 1º de agosto de um ano e 31 de julho do ano seguinte, o que faz com que os seis últimos meses do governo anterior ainda sejam levados em conta nos dados que serão divulgados de forma definitiva em novembro deste ano.

“Esse número significa dizer que o esforço de reverter a curva de crescimento foi atingido. Nós revertemos. O desmatamento não está em alta. Se vamos conseguir uma redução neste semestre que compense a herança do semestre anterior e do governo anterior, não sabemos, porque vai depender do resultado de julho”, afirma Capobianco.

De acordo com o MMA, essa queda no desmatamento ocorre nos estados da Amazônia como um todo e não somente em algumas regiões. No estado do Amazonas, por exemplo, a redução da área sob alerta chegou a 55,2% no primeiro semestre deste ano, devido à ação concentrada na região pelo Ibama. Também em Rondônia, a diminuição proporcional do desmatamento foi de 55,8% e no Pará chegou a 32,6%.

Por outro lado, segundo os dados divulgados pelo Ministério, o Mato Grosso contrariou a tendência regional e teve aumento de 7,1% na área sob alerta de desmatamento no primeiro semestre de 2023. O estado deverá ser alvo de ações importantes e de parcerias para reverter essa tendência, informou Capobianco.

Da Redação, com EBC

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