Devastação da Amazônia a partir de Bolsonaro é destaque no NY Times
Principal jornal estadunidense lembra que o Brasil era até então reconhecido mundialmente pelos esforços e políticas públicas de combate ao desmatamento
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Em reportagem principal da edição deste domingo (28) o jornal The New York Times denunciou o aumento do desmatamento da Floresta Amazônica durante os primeiros seis meses do governo de extrema-direita de Jair Bolsonaro.
“A parte brasileira da Amazônia perdeu mais de 1.330 quilômetros quadrados de cobertura florestal desde que Bolsonaro assumiu o cargo em janeiro, um aumento de 39% em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com a agência do governo que rastreia o desmatamento”, diz o New York Times, em reportagem assinada por Letícia Casado e Ernesto Londoño.
O principal jornal dos Estados Unidos lembra que o Brasil era até então reconhecido internacionalmente pelos esforços e políticas públicas de combate ao desmatamento e proteção da floresta.
“O sucesso do Brasil em desacelerar a taxa de desmatamento tornou um exemplo internacional de conservação e o esforço para combater a mudança climática. Mas com a eleição do presidente Jair Bolsonaro, um populista que foi multado pessoalmente por violar as regulamentações ambientais, o Brasil mudou substancialmente de rota, recuando dos esforços que fez para desacelerar o aquecimento global ao preservar a maior floresta tropical do mundo”, diz o NY Times.
As duas tendências – o aumento do desmatamento e a crescente relutância do governo em enfrentar atividades ilegais – são preocupantes para pesquisadores, ambientalistas e ex-funcionários que afirmam que o mandato de Bolsonaro pode levar a perdas impressionantes de um dos recursos mais importantes do mundo.
“Estamos enfrentando o risco de desmatamento descontrolado na Amazônia”, oito ex-ministros do Meio Ambiente do Brasil escreveram em uma carta conjunta em maio, argumentando que o Brasil precisava fortalecer suas medidas de proteção ambiental, não enfraquecê-las.
Leia a reportagem do The New York Times na íntegra.
Por Brasil 247