Dilma: Aumentos na conta de energia são passageiros
Presidenta fez afirmação durante inauguração do Parque Eólico de Geribatu e do Sistema de Transmissão Associado Santa Vitória do Palmar (RS)
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A presidenta Dilma Rousseff garantiu, nesta sexta-feira (27), que os aumentos nas contas de energia elétrica são passageiros. “Eles estão ocorrendo em função do País enfrentar a maior falta de água dos últimos 100 anos”, explicou.
As afirmações foram feitas durante a inauguração do Parque Eólico de Geribatu e do Sistema de Transmissão Associado em Santa Vitória do Palmar, no Rio Grande do Sul.
Com a falta de água para produzir energia nas hidrelétricas, responsáveis pela maior parte da eletricidade consumida pelos brasileiros, foi preciso recorrer à energia térmica, que tem custo maior – uma vez que não se paga pela água que faz a hidrelétrica funcionar, mas pelo combustível necessário para acionar uma usina térmica.
Consequentemente, o custo da energia aumentou. No entanto, assegurou a presidenta, essa conta teria pesado muito mais no bolso do consumidor se o governo não tivesse promovido, em 2013, a maior redução de preço da eletricidade da história, uma média de 20%.
Foi essa decisão que permitiu que os recentes reajustes, impostos pelo uso intensivo de termelétricas, incidissem sobre tarifas bem mais baixas, lembrou.
Para enfrentar esse desafio, o governo entregará neste ano de 2015, mais 6.400 MW de energia e mais 7.000 quilômetros de linhas de transmissão. “Isso significa que estamos sempre investindo. Tem de investir e procurar oportunidades todos os anos para garantir que amanhã não terá racionamento”, disse.
Sistema robusto – A presidenta comentou, ainda, que se esta seca histórica tivesse ocorrido no passado, estaríamos hoje também diante do maior racionamento da história.
“Não estamos porque temos termelétrica, temos eólica e porque o nosso sistema de transmissão é robusto”, comparou.
“Somente nos quatro anos de meu primeiro governo, conseguimos ampliar a produção de energia em 21.832 MW.” Isso significa fazer em quatro anos mais do que foi feito em oito anos na época do racionamento, entre 1995 e 2002. “Eles não conseguiram chegar a 21,8 mil megawatts”, alertou.
Dilma lembrou que no passado, quando houve racionamento de energia no País, em 2001, tinha energia sobrando em alguns estados, como por exemplo, no Rio Grande do Sul.
“Mas a gente não conseguia passar essa energia que sobrava pro resto do País, porque não tinha rede de transmissão”, lembrou.
“Hoje, essa rede de transmissão faz com que você ligue um botão vermelho como esse aqui e a luz acenda pelo resto do Rio Grande, porque a transmissão leva”, afirmou.
Segundo a presidenta, para evitar um racionamento deste gênero, foram construídas novas linhas de linhas de transmissão para garantir que o Brasil tenha capacidade de levar energia de um lado ao outro de seu território.
“O Brasil é continental. Quando chove no Nordeste não chove aqui. Quando chove aqui, não necessariamente chove no Nordeste. Então, o que você faz? Você compartilha a energia”.
Em seu primeiro mandato, o governo da presidenta Dilma expandiu a rede de transmissão em 24.192 km, mais que o dobro do que foi instalado nos oito anos daquele governo que, por falta de investimento, levou o País a um longo período de racionamento, recordou.
“Aumentamos a oferta de energia e, ao mesmo tempo, mantivemos a matriz energética nacional como uma das mais limpas do mundo. Hoje, 41% de nossa matriz vem de fontes renováveis. No caso da energia elétrica, 80% vem de fonte limpa e renovável”, explicou a presidenta.
Diversificação – A presidenta também destacou o aumento das usinas termelétricas e das eólicas, que são importantes fontes alternativas em momentos de chuvas escassas, como agora. “A termelétrica não precisa de água, choveu ou não choveu ela funciona. A eólica precisa de vento, mas não precisa de água. Você diversifica e garante a segurança do País”.
O parque eólico inaugurado nesta quinta-feira consolida a segurança energética do País e reforça a opção por uma matriz energética limpa e sustentável. Somente neste setor, o Brasil tem hoje 258 usinas em operação comercial, que geram 5.608 MW. Um crescimento considerável. Em 2010, havia 51 eólicas em operação com capacidade instalada de 900 MW. Ou seja, em quatro anos o País multiplicou por seis a oferta de energia eólica.
A presidenta adiantou que há mais investimentos nesse sentido. Nos últimos leilões foram contratadas 397 novas usinas eólicas, que incorporarão mais 10.560 MW ao sistema de geração até 2019. Isso significa dobrar, em apenas cinco anos a capacidade nacional de geração de energia eólica.
Por fim, a Dilma enfatizou que graças a todos estes esforços na expansão e diversificação da oferta de energia, mesmo com a seca que castiga grande parte do Brasil, em especial o Sudeste e o Nordeste, o governo está garantindo o atendimento da população.
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações do Blog do Planalto