Dilma condena “guerra psicológica” pelo impeachment

A presidenta Dilma Rousseff condenou a “guerra psicológica” feita pela oposição e pela imprensa para, segundo ela, produzir um “efeito dominó” de pessimismo interessado em parecer que o impeachment é dado como certo.

“Fico curiosa quando leio nos jornais preocupações de ministros do meu governo com a votação do impeachment. É o jornalismo mediúnico, vocês falam o que eu penso. Aí eu olho no espelho e digo: não falei. Nessa reta final vamos sofrer uma guerra psicológica: eu tenho os votos, aquele não tem. O processo que tem um objetivo, de construir situação de efeito dominó”, afirmou.

A declaração foi dada em entrevista coletiva a 10 veículos de comunicação, na manhã desta quarta-feira (13), no Palácio do Planalto. Firme e segura quanto a seu futuro, a presidenta e garantiu que seu “governo vai lutar até o último minuto” contra o golpe.

“Estou explicitando o que os órgãos grandes de imprensa relutam em falar: é golpe. Estou fazendo uma denúncia: tem um estado de golpe sendo conspirado no Brasil. Tanto aqueles que agem abertamente a favor, como os que agem ocultamente e os que se omitem: todos serão responsáveis. Não se pode supor que determinados atos políticos são feitos sem consequências”, enfatizou.

Confiante no resultado da votação do impeachment no próximo domingo (17), na Câmara dos Deputados, Dilma afirmou que, se vencer, vai propor um pacto político nacional, envolvendo todos os setores da sociedade, inclusive a oposição.

“Digo qual é o meu primeiro ato pós-votação na Câmara. A proposta de um pacto, de uma nova repactuação entre todas as forças políticas, sem vencidos e sem vencedores”, disse.

Ao final da entrevista, Dilma reforçou a importância das manifestações em defesa da democracia. “Enquanto tem tudo isso, eu vejo uma manifestação democrática fantástica. E tenho certeza de que isso continuará, o País continuará avançando e a democracia se consolidando”.

Governo trabalhando
Durante assinatura de renovação antecipada de contrato de arrendamento entre Secretaria Especial de Portos e Terminal de Contêineres de Paranaguá, na tarde desta quarta-feira (13), Dilma reforçou que trabalhará até o último dia do seu mandato, em 31 de dezembro de 2018 e que tem o povo brasileiro ao seu lado.

“Tenho certeza que os brasileiros estarão ao meu lado e no dia 17 nós vamos vencer a batalha contra golpe. Vamos vencer essa batalha contra o impeachment sem base legal”, declarou.

Na ocasião, a presidenta reforçou sua proposta de iniciar uma repactuação para superar a crise e retomar o crescimento econômico do País.

“A partir da próxima semana, com essa página virada, vamos iniciar a repactuação para superar crise. Um grande pacto com diálogo nacional com todos os segmentos, com todos aqueles que querem um Brasil melhor”, finalizou.

Por Luana Spinillo, da Agência PT de Notícias