Dilma convoca brasileiros a repudiarem o “vale-tudo contra qualquer governo”

Presidenta criticou tática do ‘quanto pior, melhor’, que prejudica principalmente a população

Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

A presidenta Dilma Rousseff fez, nesta segunda-feira (10), um apelo para que todos os brasileiros “repudiem sistematicamente o vale-tudo contra qualquer governo, seja federal, estadual ou municipal”.

“No vale-tudo, quem acaba sendo atingido pelo quanto pior melhor é a população” defendeu, durante entrega de residências pelo Minha Casa Minha Vida em São Luís (MA), nesta segunda-feira (10).

“O Brasil está em um momento de travessia e precisa, mais do que nunca, que as pessoas pensem primeiro no País e só depois pensem e seus partidos e projetos pessoais. Tudo o que estamos fazendo no governo federal tem o objetivo claro de dar condições para entrarmos no novo ciclo de crescimento”, disse.

“Ninguém que pensa no Brasil, ninguém que pensa no povo brasileiro deve aceitar a teoria dos processos que falam: ‘eu não gosto do governo, então, vou enfraquecer ele. Então, eu aposto no quanto pior, melhor’. Quanto pior, melhor para quem? Para quem? É pior para a população, para o povo e para todos nós”, continuou.

Dilma declarou também que o País precisa de estabilidade para enfrentar o atual momento e garantiu à plateia, formada em maioria por beneficiários do Minha Casa Minha Vida, que os programas sociais do governo serão mantidos.

“O Brasil é muito mais forte que esse momento de dificuldades. Não fiquem inseguros nem apreensivos, é uma situação temporária, vai passar e rápido”, assegurou.

Congresso – As declarações da presidenta ocorrem na semana em que o Congresso Nacional debate parte das medidas do ajuste fiscal ainda não aprovadas e pautas que podem gerar maior despesa para o Executivo, como a mudança de regras para o reajuste do FGTS.

A presidenta disse que a aprovação de medidas que oneram ainda mais os cofres públicos podem agravar a situação do Brasil. “Nós não concordamos com nenhuma medida aprovada que leve à instabilidade tanto econômica quanto política no País. Não concordamos com medidas que leve ao caos as finanças do governo federal, dos estados e dos municípios”.

Apoio – Durante a cerimônia, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB) afirmou que o estado “é contra qualquer tipo de golpe que é ensaiado em nosso País neste momento”. Dino disse ainda que o Brasil enfrenta as consequências da crise econômica mundial e que a manutenção do governo garante a continuidade de programas sociais, como o Bolsa Família e o Prouni.

Ele defendeu ainda as iniciativas de combate à corrupção. “É claro que somos contra a corrupção e defendemos a apuração, a investigação de quem quer que seja que tenha cometido qualquer tipo de coisa errada. Agora, separamos as coisas: nós defendemos que haja tudo isso, mas com respeito à Constituição, com respeito à democracia e às regras do jogo que foram estabelecidas por nossa nação”. Logo após, a plateia gritou “não vai ter golpe” e aplaudiu a presidenta.

Por Cristina Sena, da Agência PT de Notícias

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