Dilma corrige Ciro Gomes e aponta queda do desemprego recorde em seu governo
Ex-ministro do governo Lula disse que a petista havia deixado o Planalto com alta taxa de desemprego, quando na verdade um ano antes dela ter sido derrubada pelo impeachment, o índice chegou ao ponto mais baixo da história: 4,3%. O Brasil vivia antes do Golpe uma situação de pleno emprego. “Durante o governo Lula e o meu governo, nós criamos 19,6 milhões de empregos formais, com carteira assinada. Um recorde histórico”, lembra. Em 2021, desemprego sob Bolsonaro deve atingir 18,1%, de acordo com a própria equipe econômica de Paulo Guedes
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Em nota divulgada nesta terça-feira, 24 de novembro, a ex-presidenta Dilma Rousseff corrigiu afirmações de Ciro Gomes, candidato derrotado nas eleições de 2018, sobre o quadro do mercado de trabalho no período em que esteve à frente do Palácio do Planalto. Em entrevista ao jornal ‘O Globo’, o líder do PDT declarou que Dilma foi um desastre e que legou alta taxa de desemprego. “Quando ela assumiu, o desemprego era 4% quando saiu estava em 14%”, disse. De maneira firme, a presidenta destacou que o ex-ministro da Integração Nacional no governo Lula cometeu um “equívoco”.
“Os dados verdadeiros do IBGE são bem diferentes”, declarou a ex-presidenta. “Eu assumi, em janeiro de 2011, com a taxa de desemprego em 6%. Quando meu primeiro mandato acabou, em 2014, o desemprego médio foi de 4,8%”, ressaltou. Ela lembrou que, naquele ano, inclusive, o IBGE registrou o menor índice mensal da série histórica: 4,3% em dezembro.
Para 2021, o próprio governo Bolsonaro, que vem estabelecendo sucessivos recordes de desemprego no país, por conta da desastrosa política econômica de Paulo Guedes, admite que a taxa pode chegar a 18,1%. Isso equivaleria a 19 milhões de pessoas sem ocupação no mercado formal de trabalho. A taxa atual de desemprego no país está avaliada pelo IBGE em 14,4%, mas o número é considerado subestimado e avalia-se que haja no país mais de 40 milhões de trabalhadores na informalidade.
Recorde histórico e pleno emprego
“A verdade é que o emprego foi destruído no Brasil pelo mesmo golpe que destruiu a democracia”, apontou Dilma. “Em 2015, já em pleno processo de sabotagem do governo e crise produzida pelo processo de impeachment, o desemprego médio anual registrado foi de 8,8%”, ressaltou a líder petista. “E em 2016, já sob o governo Temer, porque fui afastada do cargo em maio, a taxa média de desemprego subiu para 11,5%”.
De acordo com a ex-presidenta da República, durante os 13 anos em que o PT esteve à frente do Palácio do Planalto – com Luiz Inácio Lula da Silva e a própria Dilma – foram criados no Brasil nada menos que 19,6 milhões de empregos formais, com carteira de trabalho assinada. “Um recorde histórico”, ressaltou Dilma.
Na entrevista ao jornal ‘O Globo’, Ciro disse que o PT foi um dos grandes derrotados nas eleições municipais de 2020, ao lado do presidente Jair Bolsonaro, mas se esqueceu de mencionar que sua legenda, o PDT, encolheu nas urnas no pleito deste ano. O partido fundado por Leonel Brizola – que foi candidato a vice-presidente na chapa liderada por Lula em 1998 – elegeu no primeiro 311 prefeitos, contra 334 em 2016.
Em 2016, o PDT havia recebido 6.412.851 votos na primeira rodada das eleições municipais daquele ano, enquanto o PT conquistou 6.843.575 votos. Este ano, o partido de Ciro teve 5.318.867 votos no primeiro turno das eleições. Já o PT assegurou 6.972.246 votos no domingo, 15 de novembro. Além disso, no pleito de 2020, nas 38 cidades com mais de 500 mil eleitores, o PT foi o partido com maior número de votos para vereador, enquanto o PDT obteve a 10ª posição. Nessas cidades, vivem 37% dos eleitores brasileiros.
Da Redação