Dilma defende mudanças na ONU, que está prestes a fazer 70 anos

Em artigo publicado pela rede “CNN”, a presidenta afirma que a “construção do mundo que queremos” depende do desenvolvimento sustentável e da promoção da paz

Nova Iorque - EUA, 24/09/2014. Presidenta Dilma Rousseff durante abertura do Debate de Alto Nível da 69ª Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU). Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

A presidenta Dilma Rousseff defendeu, em artigo publicado na sexta-feira (16) pelo site da rede de notícias norte-americana “CNN”, a participação do Brasil no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) e a importância das metas anunciadas pelo País para a redução da emissão de gases do efeito estufa.

A presidenta lembrou que a ONU está prestes a celebrar 70 anos de existência e que “é cada vez mais claro que a segurança coletiva e a manutenção da paz”, papéis desempenhados pela organização desde o seu início, “agora estão sendo ameaçados por conflitos locais intensos e pela barbárie terrorista”.

“Enquanto isso, a crise econômica em curso desde 2008 levou a um aumento dos níveis de desigualdade e exclusão social”, avaliou.

“Nesse momento também, o mundo vive o duplo desafio de lidar com as alterações climáticas e a degradação ambiental”, ressaltou, no texto.

Esses desafios, de acordo com a presidenta, exigem uma resposta global e coordenada. O Brasil, acrescenta, está disposto e determinado a assumir suas responsabilidades em cooperação com a comunidade internacional.

Dilma argumenta que é importante oferecer mais espaço para outros países no Conselho de Segurança da ONU. Segundo a presidenta, os mecanismos de promoção da paz e da segurança coletiva estão obsoletos para o atual cenário mundial.

“O Conselho de Segurança não foi capaz de enfrentar o desafio que suas responsabilidades impõem, refletindo o equilíbrio de poder que prevalece em um mundo muito diferente do que era em 1945”, avaliou.

“Assim, a reforma do Conselho de Segurança é necessária, não simplesmente porque é uma forma de promover a democracia e a legitimidade, mas porque é indispensável para o cumprimento dos principais objetivos da Carta das Nações Unidas”, acrescentou.

A presidenta citou como grandes desafios para a comunidade internacional a quantidade de refugiados que são obrigados a deixar seus países por causa de conflitos em estados que foram “desestabilizados pela ação militar”.

Dilma voltou a defender a livre migração de direitos humanos e reafirmou que o Brasil é um país multiétnico e que acolhe a todos que buscam refúgio, mesmo em tempos difíceis.

Meio ambiente – Sobre as metas de redução de gases do efeito estufa, anunciada em setembro, durante Assembleia Geral da ONU, a chefe de Estado brasileira disse novamente que o País vai continuar a promover “programas ambientais que visam lutar contra as mudanças climáticas e incentivar o aumento da consciência global da necessidade de ação urgente”.

“Afinal de contas, o foco em políticas ambientalmente sustentáveis ajudou o Brasil a alcançar ao longo da última década um dos processos mais bem sucedidos da história de inclusão social”, disse, ao recordar que mais de 36 milhões de pessoas saíram da pobreza extrema, 42 milhões ascenderam à classe média e o Brasil saiu do Mapa da Fome da ONU.

Da Redação da Agência PT de Notícias

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