Dilma: “Não me acusam de crime de corrupção porque não cometi”

Em entrevista a TeleSUR, a presidenta enfatizou que o golpe é contra a democracia na América Latina, que fomenta políticas sociais para os mais pobres

Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

Em entrevista exclusiva concedida à emissora latinoamericana TeleSUR, nesta quinta-feira (5), a presidenta Dilma Rousseff enfatizou que o golpe não é apenas contra o seu mandato, mas “contra a democracia e todo o processo democrática da América Latina, que fomenta o crescimento dos setores mais pobres e as políticas sociais”.

“Estamos enfrentando um momento de crise no capitalismo que afetou os países emergentes. Houve uma desaceleração econômica. É nesses momentos que surgem os golpes, quando os países estão mais frágeis”, alertou.

Dilma lembrou que não a acusam de um crime de corrupção “porque eu não o cometi (o crime)”.

“Não tenho contas bancárias no estrangeiro, não tenho processos por tirar vantagens de qualquer forma do governo. Se trata de uma discussão sobre contas públicas e esse tipo de questão administrativa, sem crime de responsabilidade, não é base para tirar uma presidente da República eleita. Este impeachment é um golpe de estado”, afirmou.

Assista a íntegra:

O suposto programa de governo do vice-presidente Michel Temer (PMDB), segundo Dilma, faz parte de uma política derrotada nas urnas em 2014 e que o impeachment de seu mandato seria uma forma da oposição chegar ao poder “através de vias que não as eleitorais”.

A presidenta reafirmou, por fim, que não acredita no impedimento do seu cargo, mas, sim, na força dos movimentos sociais para lutar pela democracia.

“Acho que o golpe não irá se consumar e lutamos para isso. Vamos lutar dentro das regras democráticas. Com as lutas, saímos sempre com algumas conquistas. A América Latina tem experiência suficiente para saber para onde não podemos seguir”, afirmou.

Por Luana Spinillo, da Agência PT de Notícias, com informações do Blog do Planalto

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