Dilma quer manter a meta fiscal no País e reforça que não há “rebelião” no Congresso
Para economia brasileira retomar crescimento, presidenta defende meta fiscal e conta com apoio do Congresso Nacional, apesar das divergências no parlamento
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Após visitar o Pavilhão Brasil, na Expo Milão 2015, neste sábado (114), a presidenta Dilma Rousseff declarou que o governo brasileiro fará todos os esforços para manter a meta fiscal prevista para este ano, de 1,1% do Produto Interno Bruto (PIB). Além disso, ela reforçou que não há “rebelião” no Congresso Nacional, apesar das divergências parlamentares nos temas em votações na casa.
“Nosso objetivo é manter a meta. É isso que nós queremos. Vamos fazer todos os esforços para manter a meta”, afirmou a presidenta.
Para Dilma, o Congresso Nacional tem uma participação importante na garantia da meta fiscal. A aprovação recente das medidas provisórias proposta pelo governo para o ajuste fiscal são exemplos do entendimento do parlamento para equilibrar as contas do país.
Dilma Rousseff foi questionada por um jornalista se tinha receio de enfrentar problemas nas votações do Senado e alegou que a presidenta já teria enfrentado “rebeliões” na Câmara. Em resposta, a presidenta desconsiderou o termo “rebelião” empregado pelo repórter.
“Eu não chamo de rebelião votação no Congresso em que há divergências ou a gente perde umas e ganha outras. Se a gente for fazer um balanço, nós mais ganhamos do que perdemos. Eu não concordo que haja uma rebelião”, declarou.
Dilma foi enfática ao esclarecer que defende a democracia e a diferença nas opiniões.
“Não tem como nenhum país do mundo achar que se aprova todas no Congresso, em qualquer país do mundo. Aliás, no mais democrático é que se torna mais complexa a aprovação, onde há liberdade de opinião, onde há uma ampla manifestação de opiniões, como nos Estados Unidos”, disse.
Sobre o reajuste do Judiciário, ela disse que “é impossível o Brasil sustentar um reajuste daquela proporção”. A presidenta sinalizou um possível veto ao aumento de 53% a 78,56%. O custo do reajuste de 2015 a 2018 seria de R$ 25,7 bilhões, segundo cálculo do Ministério do Planejamento após 2018 e o custo adicional seria de R$ 10,5 bilhões por ano.
“Nem em momentos, assim, de grande crescimento, se consegue garantir reajustes de 70%. Muito menos num momento em que o Brasil precisa fazer um grande esforço para voltar a crescer”, disse.
Por Michelle Chiappa, da Agência PT de Notícias