Diversidade: Brasil terá mais atletas mulheres pela primeira vez nas Olimpíadas
O país, que participa dos Jogos Olímpicos desde 1920, terá 153 brasileiras, 8% a mais que o registrado na última edição da competição, em Tóquio
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Após 104 anos participando dos Jogos Olímpicos, pela primeira vez, o Brasil terá as mulheres representando a maioria dos atletas que irão competir. É o que revela o Comitê Olímpico Brasileiro (COB). Dos 277 atletas classificados, 153 são mulheres e 124 homens, ou seja: 55% da delegação é composta por brasileiras, 8% a mais que o registrado na última edição dos Jogos, em Tóquio. Nossos atletas vão competir em 39 modalidades.
O fato inédito de haver mais mulheres do que homens, evidencia os excelentes resultados que elas têm obtido nos esportes tanto nas modalidades coletivas, como o voleibol de quadra, quanto no individual, caso da skatista maranhense Rayssa Leal.
Janja, que irá representar o presidente na abertura dos Jogos, destacou a importância da retomada do reajuste no Bolsa Atleta: “Eu vou estar lá com vocês na abertura, estou muito emocionada porque é uma valorização do trabalho de mulheres empreendedoras, assim como vocês, mulheres, jovens, os meninos que se aventuraram nessa coisa de você é atleta e hoje estão aí representando o Brasil, vão representar e vão dar muito orgulho para a gente.”
Dia importante para o esporte, as atletas e os atletas brasileiros. Depois de 14 anos sem reajuste, o Presidente @LulaOficial assinou hoje o reajuste do Bolsa Atleta, que beneficia mais de 9 mil atletas de diversas modalidades no nosso país.
Incentivar e investir no esporte é… pic.twitter.com/0PJNPLVGiE
— Janja Lula Silva (@JanjaLula) July 11, 2024
Segundo a Agência Brasil, entre os fatores que contribuíram para mais atletas mulheres em Paris está a classificação em esportes coletivos, que detêm o maior número de vagas. As brasileiras disputarão as competições de futebol, vôlei, handebol e rugby. Já os homens só asseguram presença no vôlei e no basquete.
“Acredita-se que as mulheres podem contribuir de maneira significativa no rol das medalhas do Brasil. É possível elencar atletas com chance de medalha como Rebeca Andrade (Ginástica Artística), Ana Marcela Cunha (Águas Abertas), Beatriz Ferreira (Boxe), Martine e Kahena (Vela), Bia Haddad (Tênis de Quadra)”, afirma o Ministério dos Esportes.
Ouça o Boletim da Rádio PT:
Bolsa Atleta
Além disso, há também o apoio do governo federal, por meio do Bolsa Atleta, que completou 20 anos. Durante cerimônia realizada nesta quinta-feira (11), que marcou a celebração do programa, o presidente Lula anunciou o reajuste de 10,86% no benefício, e encontrou com os atletas que vão aos Jogos.
No grupo está a atleta Rafaela Silva, a primeira brasileira a se tornar campeã olímpica e mundial no Judô. A carioca é beneficiária do Bolsa Atleta há 15 anos, e destacou a importância do programa para a prática do esporte:
“É muito importante para um atleta de alto rendimento você ter uma segurança, uma tranquilidade de poder se preparar, se dedicar só ao seu sonho, que no meu caso é treinar judô, porque eu sei que eu tenho a segurança de ter o meu Bolsa Atleta, o meu Bolsa Pódio lá todo mês na minha conta, que eu posso ajudar minha família, posso ajudar no meu material de trabalho. É com certeza um momento muito importante para o esporte brasileiro, não só para o judô, com esse reajuste no Bolsa Atleta”, disse Rafaela.
A lutadora prosseguiu: “Um passo importante, porque o judô brasileiro é o esporte que mais tem medalhas olímpicas no Brasil e a gente ainda não tem nenhuma estatal, então com certeza se a gente conseguir isso aí para frente vai incentivar ainda mais os atletas e a gente vai se dedicar muito mais do que a gente já vem se dedicando dentro do tatame e espero poder voltar de Paris com mais uma medalha para o Brasil.”
Da Redação Elas por Elas, com informações do Ministério dos Esporte, COB e Agência Brasil