É preciso manter a serenidade para enfrentar ‘desfaçatez e intolerância’, diz Dilma

Em encontro do Dialoga Brasil na Bahia, presidenta criticou a “insidiosa” tentativa de “quem não tem compromisso com o País” de criar no Brasil uma situação de quanto pior, melhor

Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

A presidenta Dilma Rousseff criticou, nesta sexta-feira (14), a “insidiosa” tentativa de “quem não tem compromisso com o País” de criar no Brasil uma situação de quanto pior, melhor.

“Mesmo debaixo da pressão, da imensa desfaçatez e intolerância que recai em alguns momentos em Brasília todos temos que nos esforçar para manter a serenidade, porque a serenidade e a vida saudável nos dá condições para enfrentar a dificuldade”, declarou durante o lançamento da plataforma de cultura no Dialoga Brasil em Salvador (BA).

Em seguida, a Dilma citou Guimarães Rosa. “O que a vida quer da gente é coragem”, parafraseou.

A presidenta garantiu também que seu governo vai continuar lutando por mais avanços sociais. como garantir melhores serviços na área de educação. A petista destacou que sente “orgulho” das conquistas do Nordeste durante as gestões do PT.

“Se tem uma coisa que eu tenho orgulho de ter feito como presidenta e de ter participado como ministra foi o que fizemos no governo Lula e no meu governo em relação ao Nordeste do Brasil. Isso eles não vão tirar de nós jamais”, afirmou, ovacionada pela plateia, formada principalmente por movimentos sociais e pessoas da área cultura do estado.

A presidenta reforçou a importância do Dialoga Brasil para a construção e avaliação de políticas públicas. “Aprendemos que temos um poderoso, um fortíssimo instrumento, uma verdadeira arma, que é o diálogo e a participação popular”, disse.

De acordo com Dilma, o diálogo é fundamental para verificar se o governo está no caminho certo. “Verificar se está tudo nos conformes é uma tarefa coletiva, só pode ser feita pelo governo com seu povo”, destacou.

Sobre a plataforma Dialoga Brasil, a presidenta comparou sua utilização, por parte do governo, ao aprendizado adquirido com a maternidade. “Estamos igual à história da mãe com a criança, porque eu acho que a criança também nos ensina como ser mãe. O povo nos ensina a ser governantes, como ser capazes de trocarmos opiniões com vocês”.

Antes do discurso da presidenta, os ministros da Secretaria Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto, da Saúde, Arthur Chioro, do Desenvolvimento Social, Tereza Campello e da Cultura, Juca Ferreira, falaram sobre os programas apresentados na plataforma Dialoga Brasil.

Tereza Campello mostrou dados inseridos no Dialoga que comprovam os avanços na área social, como a redução da pobreza extrema e da mortalidade infantil.

Para Dilma, “superar a pobreza é apenas o início”. Agora, é preciso garantir melhores serviços na área de educação ampliar o acesso à cultura. “Se queremos ser de fato uma nação desenvolvida, sem cultura não seremos, sem educação de qualidade não seremos. Estamos discutindo o cerne, o que está na alma da nossa sociedade”, analisou.

Em resposta ao pedido de uma pessoa presente, a presidenta solicitou a Juca Ferreira uma maior aproximação com o Ministério das Cidades, para que a cultura passe a integrar o programa Minha Casa, Minha Vida.

A presidenta falou ainda sobre o avanço representado pelo Programa Mais Médicos, que leva atendimento básico de saúde para áreas onde não havia profissionais. Dilma destacou a participação dos médicos cubanos, sobretudo no início do programa, e agradeceu ao governo do país vizinho pela contribuição.

Por Cristina Sena, da Agência PT de Notícias

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