Edinho: “PCdoB é parceiro histórico na construção do Brasil dos nossos sonhos”

Nesta quinta (16), no 16º Congresso da legenda, presidente nacional do PT  defendeu a união do campo democrático para reeleger Lula em 2026: “Ainda não impusemos a derrota final à extrema direita no Brasil”

Ricardo Stuckert

No Congresso, Edinho exaltou os laços históricos entre PCdoB e PT, que remontam às eleições de 1989

O presidente Nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), Edinho Silva, marcou presença no 16º Congresso do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) nesta quinta-feira (16), em Brasília, ao lado do presidente Lula e de lideranças petistas. Recebido pela presidenta do PCdoB, Luciana Santos – que deverá ser reeleita no encerramento do congresso no próximo domingo (19) –, Edinho celebrou a longeva parceria entre as legendas e traçou um panorama dos desafios nacionais e internacionais para o próximo período.

Edinho afirmou que a união entre PT e PCdoB transcende interesses eleitorais, solidificada já na primeira campanha presidencial após a redemocratização. “Em 1989, quando o presidente Lula disputou as eleições pela primeira vez, compondo uma frente (PT, PCdB e PSB), apresentou ao Brasil um projeto de país, e essa nossa construção perdura desde então”, celebrou o petista.

“O PCdoB é um parceiro histórico e continuará a ser na jornada de construção do Brasil dos nossos sonhos”, reforçou.

O presidente do PT contextualizou o congresso do PCdoB como um “momento crucial”, não apenas na conjuntura interna, mas também internacional. Referindo-se à crise do capitalismo de 2008 como motor da concentração de renda e do aumento da pobreza no mundo, ele alertou para a emergência de “forças que nós achávamos que o processo civilizatório havia derrotado no pós-Segunda Guerra Mundial”, que hoje “disputam a hegemonia no cenário internacional”.

Edinho citou os recentes ataques do governo Trump à Venezuela, condenando as ameaças de uma ofensiva militar contra o povo venezuelano. “Nós estamos vendo as ofensivas que o Brasil tem sofrido por meio do governo Trump e estamos vendo as ameaças que a América do Sul tem sofrido, que a América Latina tem sofrido. É inaceitável, por exemplo, as ameaças que foram dadas ontem contra o governo da Venezuela, contra o povo venezuelano”, bradou Edinho.

“É inaceitável a execução de cidadãos venezuelanos sem qualquer processo legal que caracterize a atividade criminosa, sem qualquer processo, inclusive do direito ao contraditório. E quando não tem direito ao contraditório, isso se chama execução. Isso é crime internacional”, denunciou o petista.

Derrota final da extrema direita

No cenário doméstico, Edinho Silva exaltou a derrota do fascismo em 2022, o processo de reconstrução nacional encampado pelo governo Lula após as eleições e a contenção da tentativa de golpe de 8 de janeiro de 2023. Mas alertou: “Ainda não impusemos a derrota final à extrema direita no Brasil”.

Para ele, a compreensão da importância da reeleição do presidente Lula em 2026 é fundamental. “Significa, sim, a continuidade da reconstrução de políticas públicas e de um projeto de Brasil que seja justo, igualitário”, defendeu.

Bandeiras da esquerda

O petista listou uma série de bandeiras que devem estar no centro da agenda política da esquerda, incluindo um debate nacional sobre concentração de renda, a jornada 6×1, a tarifa zero, a transição energética para um Brasil sustentável e “políticas de segurança pública que rompam com a lógica do autoritarismo”.

Edinho reiterou que a vitória de Lula representa não só a retomada de um projeto de nação, mas também a demonstração de que “no Brasil, o fascismo não tem vez, que a democracia será vitoriosa”. Processo no qual o PCdoB tem papel decisivo.

Da Redação

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