Edinho Silva: campanha pela reeleição de Dilma foi limpa
Petista rebate acusações e garante a lisura do processo de arrecadação de recursos para a campanha do PT
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Em entrevista ao jornal “O Estado de S. Paulo“, o deputado estadual e ex-tesoureiro da campanha de Dilma Rousseff, Edinho Silva (PT-SP), detalhou os procedimentos de doação para a campanha realizada em 2014 e rebateu críticas que tentam vincular o partido às irregularidades investigadas na Petrobras.
A campanha pela reeleição foi realizada com transparência e dentro das normas legais. Silva afirmou que ‘’em hipótese alguma’’ a campanha da presidenta recebeu doações vinculadas a contratos firmados por doadores com a Petrobras e o governo.
Ele explicou que assumiu o posto como tesoureiro com a missão de blindar a campanha pela reeleição da petista do tema. Segundo ele, a orientação da própria presidenta foi de não haver arrecadação em zona cinzenta.
‘’Podem vasculhar a campanha, nada será encontrado’’, assegurou.
‘’Arrecadei dentro da legalidade, as contas foram rigorosamente auditadas pelo Tribunal Superior Eleitoral e aprovadas por unanimidade’’, completou.
Os delatores do esquema envolvendo a Petrobras nas investigações da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, acusam o PT de ter recebido arrecadações de esquemas ilegais. Para o ex-tesoureiro, essa é uma tese que não coloca apenas a luz as doações feitas a um partido, mas sim para todas as agremiações e seus diretórios nacionais e estaduais.
‘’Se querem levar essa tese até o fim, de criminalização das doações legais, terão que investigar todas as empreiteiras, todos os seus contratos em todas as empresas públicas, também estaduais, e cruzar com todas as doações partidárias’’, analisou.
‘Se não for assim, será uma investigação contra um só partido. Isso seria rasgar o princípio da isonomia e acabar com o Estado de Direito’’, afirmou.
Campanha limpa – O deputado estadual petista disse ainda ao jornal que as doações para a campanha pela reeleição da presidenta Dilma Rousseff foram arrecadadas de empresas com e sem vínculo contratual com o governo – mesmo método realizado por tesoureiros de outros partidos.
Questionado se as acusações feitas contra secretário de Finanças do PT João Vaccari Neto, desgastam o partido, Silva afirmou que é necessário o direito ao contraditório.
‘’As pessoas não podem ser julgadas sem que exista nem processo instaurado para que o direito ao contraditório seja exercido. Não podemos adotar a prática que primeiro execra publicamente para depois dar o direito de defesa’’, defendeu.
No último dia 5, Vaccari foi conduzido a depor à Polícia Federal na nova fase da Operação Lava Jato. Segundo o presidente nacional do PT, Rui Falcão, a operação foi uma tentativa de criminalizar a legenda.
“Não há nenhuma razão para não apoiá-lo, já que vem cumprindo suas tarefas com correção, transparência e lisura. (Vaccari) Depôs na Polícia Federal, respondendo a todas as perguntas sem deixar dúvida. Sequer foi indiciado”, disse Rui Falcão na ocasião.
Para Edinho Silva, o PT vive atualmente o pior momento da sua história e se faz urgente uma atitude da sigla para acalmar o ambiente político.
‘Temos que urgentemente operar para acalmar o ambiente político. Mas tem um embate jurídico que precisa ser travado. A grande vítima hoje é o PT, amanhã será o PSDB, depois qualquer outro partido. A criminalização da política cria o pressuposto para o autoritarismo’’, disse.
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Da Redação da Agência PT de Notícias