Efeito Lula: emprego formal tem o melhor mês de abril desde 2011, aponta Caged
Em 12 meses, foram gerados 1.701.950 postos formais, enquanto o desemprego caiu para 7,5% no tri até abril. “Quem duvidar que a economia brasileira vai crescer vai quebrar a cara no final do ano”, celebra Lula
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As políticas de geração de emprego e renda do governo Lula seguem surpreendendo o mercado com dados positivos todos os meses. O saldo de empregos formais em abril, divulgados nesta quarta-feira (29) pelo Ministério do Trabalho e Emprego, alcançou 240.033 postos de trabalho gerados no mês. O saldo é o melhor para o período desde 2011, e supera abril de 2023, quando foram gerados 180.005 postos formais de trabalho. Já a taxa de desemprego registrada no trimestre encerrado em abril ficou em 7,5%, a menor para o período desde 2014.
Segundo o MTE, a geração foi positiva em todos os grandes grupamentos de atividades econômicas: serviços (+138.309), indústria (+35.990), construção (+31.893), comércio (+27.272) e agropecuária (+6.576).
Com isso, o estoque total recuperado para o Caged no mês foi de 46.475.700 postos de trabalho formais, acumulando no ano um saldo de 958.425 postos de trabalho, o melhor desde 2010, positivo nos 5 grandes grupamentos econômicos e em 26 das 27 Unidades da Federação. Se consideramos os últimos 12 meses, a geração alcança 1.701.950 postos formais, 239.849 a mais do que o saldo gerado no ano de 2023.
Lula: economia vai crescer
“Eu sou teimoso em dizer: quem duvidar que a economia brasileira vai crescer vai quebrar a cara no final do ano”, afirmou o presidente Lula, nesta quarta-feira (29), durante anúncio do novo pacote de medidas do governo em apoio ao Rio Grande do Sul. Lula citou os dados do Caged e celebrou os resultados.
O presidente afirmou que os anúncios de investimentos em diferentes setores da economia – do aço ao agrícola, passando pela construção civil e a indústria automotiva -, são uma demonstração de que o governo está trabalhando, “fazendo as coisas”.
“Se esses investimentos estão acontecendo, não tem porque a economia não crescer”, garantiu. “E quanto mais a economia crescer, mais rápido será o tratamento com o Rio Grande do Sul“.
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Desemprego em queda
Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados nesta quarta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado representa o menor índice de desemprego desde o trimestre móvel terminado em dezembro de 2023, quando a taxa foi de 7,4%.
O desemprego segue em queda. Chegamos a menor taxa de desocupação desde 2014. Ano passado tivemos o recorde de aumento de renda dos brasileiros. Mais um dia de trabalho pelo Brasil. pic.twitter.com/2XvKpk9T9G
— Lula (@LulaOficial) May 29, 2024
Redimento médio bate recorde
Ainda de acordo com o IBGE, a massa de rendimentos – a soma das remunerações de todos os trabalhadores do país – chegou a R$ 313,1 bilhões no trimestre encerrado em abril, um recorde da série histórica. A renda média real dos trabalhadores empregados no trimestre foi de R$ 3.151. O índice representa alta de 4,7% na comparação anual e um cenário de estabilidade para o trimestre em relação ao anterior. Ante o mesmo período de 2023, a alta foi de 7,9%.
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Para a coordenadora de Pesquisas Domiciliares do IBGE, Adriana Beringuy, no trimestre, “a massa de rendimento se manteve em patamar elevado, seja porque houve variação positiva da população ocupada em alguns segmentos, ou pela manutenção do valor do rendimento médio. Com destaque, nesse trimestre específico, para o aumento do rendimento dos empregados no setor privado com carteira de trabalho assinada”.
Alta no setor de serviços
O maior crescimento do emprego formal ocorreu no setor de Serviços, com um saldo de 138.309 postos de trabalho, um crescimento de 0,6%, com destaque para os serviços de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (+61.096) e de administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (+40.127)
A Indústria, com 35.990 postos criados (+0,41%), foi o segundo melhor gerador de empregos no mês, com destaque para a fabricação de coque, derivados do petróleo e biocombustíveis (+4.943), a fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias (+3.647) e a fabricação de produtos de borracha e de material plástico (+3.051).
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Em seguida veio a Construção Civil, com geração de 31.893 postos (+1,12%); o Comércio, que gerou 27.272 postos de trabalho (+0,27%); e a Agropecuária, que registrou saldo positivo de 6.576 postos formais (+0,36%), destaque para o cultivo de café (+6.308), especialmente no Espírito Santo (+2.541) e Minas Gerais (+2.038) e o cultivo de Laranja (+4.644), especialmente em São Paulo (+3.733).
Entre os estados o maior saldo foi registrado em São Paulo, com geração de 76.299 postos (+0,54%); seguido de Minas Gerais, que gerou 25.868 postos (+0,53%); e Paraná, com 18.032 postos gerados (+0,57%) no mês.
Da Redação, com MTE e IBGE