Em 12 meses, desmatamento na Amazônia bate recorde e cresce 30%

Segundo Inpe, o aumento de 29,5% é o terceiro maior da história; sob governos Temer e Bolsonaro, 9.762 km² da floresta foram destruídos entre agosto de 2018 e julho de 2019

Ibama/Fotos Públicas

Há 4 meses, o litoral brasileiro é vítima do maior acidente ambiental da história do país. Já são mais de 600 áreas atingidas pelas manchas de óleo, problema que Jair Bolsonaro (PSL) insiste em ignorar. O descaso com o meio ambiente não é novidade vindo de um governo que segue batendo recordes negativos de destruição da Floresta Amazônica, mais importante patrimônio ambiental brasileiro.

Segundo o Prodes, sistema de monitoramento, o desmatamento na Amazônia aumentou 29,5% entre agosto de 2018 e julho de 2019. Nesse período de 12 meses, 9.762 km² da floresta foram destruídos. A alta de quase 30% foi a terceira maior registrada na história.

A destruição da floresta já virou marca do atual desgoverno. Dados do Deter, sistema de alertas, revelam que julho, agosto e setembro registraram as maiores taxas de desmate da série histórica iniciada em 2015. Só em setembro, a destruição aumentou 96% em comparação com o mesmo mês de 2018.

Perseguição a cientistas

 

Os dados foram divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o qual teve seu diretor demitido por Jair Bolsonaro. Ricardo Galvão entrou em atrito com Jair justamente após anunciar os dados do aumento do desmatamento em julho de 2019. Bolsonaro acusou Galvão e o Instituto de estarem mentindo sobre as informações, que começaram a revelar a crescente destruição das florestas brasileiras.

Com medo de novas represálias do governo brasileiro, pesquisadores de instituições federais brasileiras não assinaram estudo divulgado na sexta-feira (15), que comprova o aumento das queimadas em 2019. Segundo reportagem da Folha de S. Paulo, alguns colaboradores da pesquisa da revista científica Global Change Biology preferiram manter o anonimato. De acordo com a publicação, o número de incêndios em agosto desse ano foi quase três vezes maior do que o registrado mesmo mês do ano passado.

Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações da Folha de S. Paulo

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