Em defesa da Educação, estudantes ocupam as ruas contra Bolsonaro

Nesta terça, atos no Dia Nacional de Luta em Defesa da Educação defendem emprego, educação de qualidade, ciência, cultura e acesso às tecnologias

ANPG

Defesa da educação: Estudantes ocupam as ruas contra Bolsonaro. Foto: ANPG

Contra os inúmeros retrocessos no governo de Bolsonaro, estudantes protestaram em todas as regiões do país nesta terça-feira, 18. Os atos foram realizados no Dia Nacional de Luta em Defesa da Educação. Militantes do Levante Popular da Juventude levaram inúmeros jovens para as ruas em defesa do emprego, da educação de qualidade, da ciência, da cultura e do acesso às tecnologias.

Em apoio às candidaturas de Lula e Alckmin, as entidades representativas dos estudantes secundaristas (Ubes), universitários (UNE) e pós-gradução (ANPG) se uniram contra Bolsonaro e os sucessivos cortes orçamentários no Ministério da Educação (MEC) e no Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI).

No Rio de Janeiro, Júlia Aguiar, vice-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE) e militante do Levante Popular da Juventude, explicou que o objetivo principal do ato foi dialogar com os trabalhadores sobre todos os desmontes que a educação vem sofrendo.

“Esse governo não cuidou do povo brasileiro no momento mais duro de nossas vidas. Hoje a gente está em frente à universidade pública dialogando com quem está passando e fazendo uma denúncia que, para a vida da juventude brasileira, para a educação no Brasil, não dá pra conviver nem mais um dia com o governo neofascista de Bolsonaro”.

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Corrupção e orçamento secreto

Os protestos contestam as medidas bolsonaristas para abastecer o “orçamento secreto”, que afetam a rede federal das universidades, institutos de formação profissional e tecnológica e bolsas de pesquisa para estudantes de mestrado e doutorado. A corrupção no governo, mais visivelmente no MEC, é outra razão para as manifestações.

No início do mês, Bolsonaro anunciou cortes no MEC de R$ 2,4 bilhões, com impactos diretos sobre os cofres da rede, capazes de inviabilizar o funcionamento de universidades e institutos. Houve forte repercussão negativa e o anúncio de manifestações estudantis, que segundo os organizadores serão equivalentes ao chamado “Tsunami da Educação”.

Na quinta-feira, 13, entidades divulgaram nota conjunta sobre o desvio de R$ 1,2 bilhão do FNDCT para pagar despesas de outras pastas do governo federal, sucateando importantes programas e projetos do Ministério da Ciência e Tecnologia e agências financiadoras de pesquisa, como a Finep e o CNPq.

Os atos aconteceram em vários estados do Brasil como São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Acre, Amapá, Bahia, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Pará, Piauí, Mato Grosso do Sul, Pernambuco e Sergipe.

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Confira fotos e vídeos das manifestações nesta terça-feira, 18, abaixo:

Da Redação, com informações da Rede Brasil e Brasil de Fato

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